Sunday, November 22, 2015

Learning to Drive

Existem pequenos filmes normalmente segundas escolhas de festivais que no ano seguinte conseguem a sua distribuição em cinemas selecionados conseguindo assim fugir de um anonimato quase natural. Um desses filmes exibido em 2014 mas apenas lançado nos cinemas americanos em 2015 foi esta comedia romantica, simples, que passou na mediania natural da critica e comercialmente surpreendeu tendo em conta o pequeno numero de cinemas em que estreou.
Existem filmes que quando começamos a ver ou lemos a sinopse sabemos perfeitamente tudo o que vamos ver, se por um lado estes filmes tiram o elemento surpresa, creatividade por outros tambem não defraudas as expetativas que possam existir, diz-se na giria futebolistica, não complicar. Pois bem e neste segmento que surge este filme, que o unico aspecto menos esteriotipado e não cair no facilitismo de tornar a relaçao central algo mais do que realmente ela é o que acaba por ter um bom resultado potenciando-a mais do que por caminhos mais obvios.
Mas se nisto temos uma pequena fuga para melhor, por outro lado o excesso de esteriotipos do filme, principalmente na forma xenofoba com que a personagem oriental e tratada acaba por ser muito facil, quase de propaganda politica. Por outro lado um filme com esta simplicidade tinha abertura para mais humor ou para dialogos mais fortes, algo que nunca parece ser o objectivo central do filme.
Enfim um daqueles filmes que so nos lembramos nos dias sequintes a ter assistido, que dificilmente marca qualquer espetador que tem acesso a ele, mas por outro lado isso tem dois lados. Um cinema convencional com poucos tiques e pouco risco, sabendo de temas como crise da meia idade e sempre um campo positivo para comedias moderadamente romanticas.
A historia fala de uma escritora que apos terminar o casamento tem dificuldades em encontrar motivaçoes para a sua vida, ate que começa a tirar aulas de conduçao e desenvolver uma relaçao mais forte com o seu instrutor que a vai ajudar bem mais do que dentro de um carro.
O argumento ate pode ter um principio com algumas variantes não muito comuns, pois bem o problema e que na concretizaçao tem pouco risco, pouca profundidade nas personagens e nos dialogos apenas joga com naturalidade existia espaço para mais.
Na realizaçao Isabel Coixet e uma realizadora experiente que sabe transmitir bem as personagens em desespero mas aqui tem pouco risco, principalmente comparado com Elgy parece-me claramente em desaceleraçao o que podera marcar o restante da sua carreira num nivel mais moderado.
No cast pouco ou nenhum riscos, em papeis simples Clarckson e Kingsley funcionam bem controlando todas as sequencias isoladas e funcionando bem juntos, num filme pouco exigente neste capiluto.

O melhor – Nao complicar

O pior – Nao inovar


Avaliação - C

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