Existem pequenos filmes
normalmente segundas escolhas de festivais que no ano seguinte
conseguem a sua distribuição em cinemas selecionados conseguindo
assim fugir de um anonimato quase natural. Um desses filmes exibido
em 2014 mas apenas lançado nos cinemas americanos em 2015 foi esta
comedia romantica, simples, que passou na mediania natural da critica
e comercialmente surpreendeu tendo em conta o pequeno numero de
cinemas em que estreou.
Existem filmes que
quando começamos a ver ou lemos a sinopse sabemos perfeitamente tudo
o que vamos ver, se por um lado estes filmes tiram o elemento
surpresa, creatividade por outros tambem não defraudas as
expetativas que possam existir, diz-se na giria futebolistica, não
complicar. Pois bem e neste segmento que surge este filme, que o
unico aspecto menos esteriotipado e não cair no facilitismo de
tornar a relaçao central algo mais do que realmente ela é o que
acaba por ter um bom resultado potenciando-a mais do que por caminhos
mais obvios.
Mas se nisto temos uma
pequena fuga para melhor, por outro lado o excesso de esteriotipos do
filme, principalmente na forma xenofoba com que a personagem oriental
e tratada acaba por ser muito facil, quase de propaganda politica.
Por outro lado um filme com esta simplicidade tinha abertura para
mais humor ou para dialogos mais fortes, algo que nunca parece ser o
objectivo central do filme.
Enfim um daqueles
filmes que so nos lembramos nos dias sequintes a ter assistido, que
dificilmente marca qualquer espetador que tem acesso a ele, mas por
outro lado isso tem dois lados. Um cinema convencional com poucos
tiques e pouco risco, sabendo de temas como crise da meia idade e
sempre um campo positivo para comedias moderadamente romanticas.
A historia fala de uma
escritora que apos terminar o casamento tem dificuldades em encontrar
motivaçoes para a sua vida, ate que começa a tirar aulas de
conduçao e desenvolver uma relaçao mais forte com o seu instrutor
que a vai ajudar bem mais do que dentro de um carro.
O argumento ate pode
ter um principio com algumas variantes não muito comuns, pois bem o
problema e que na concretizaçao tem pouco risco, pouca profundidade
nas personagens e nos dialogos apenas joga com naturalidade existia
espaço para mais.
Na realizaçao Isabel
Coixet e uma realizadora experiente que sabe transmitir bem as
personagens em desespero mas aqui tem pouco risco, principalmente
comparado com Elgy parece-me claramente em desaceleraçao o que
podera marcar o restante da sua carreira num nivel mais moderado.
No cast pouco ou nenhum
riscos, em papeis simples Clarckson e Kingsley funcionam bem
controlando todas as sequencias isoladas e funcionando bem juntos,
num filme pouco exigente neste capiluto.
O melhor – Nao
complicar
O pior – Nao inovar
Avaliação - C
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