Debates filosoficos
como pano de fundo para historias de amor, são bases de muitas das
grandes love storys adaptadas ao cinema, em 2013 pelas mãos de um
veterano realizador australiano surgiu mais um filme semelhante que
colocava em disputa a importancia de palavras e imagens. O resultado
critico foi mediano, para um filme que teria como este o seu grande
campo de batalha esta indiferença não foi positiva, pese embora
este facto e tendo em conta que foi um filme que apenas estreou em
cinemas selecionados a sua carreira comercial foi acima do esperado
ultrapassando a sempre importante barreira do milhao de dolares nos
USA.
Sobre o filme podemos
dizer que este começa bem, com um tom ligeiro dando o lado mais
negro de cada uma das personagens, e o tom suave e algo comedia
continua nos primeiros vinte minutos de filme de longe os melhores do
filme onde o tom parece ser certo e dando um certo ritmo a um filme
que explora paradigmas e cuja monotonia muitas vezes e o caminho mais
facil. A primeira fase do filme tem bons dialogos, tem ritmo é
divertido sem ser tonto.
Contudo o filme não
consegue manter a toada, e com a entrada da disputa em si torna-se
mais moroso, mais aborrecido, mais perdido nas personagens centrais e
nos seus conflitos interiores do que propriamente no alegado conflito
central que o filme quer debater. E ai o filme ganha profundidade
emocional, mas perde ritmo, originalidade, tornando-se clamente mais
aborrecido.
O problema e que na
conclusao o filme já perdeu a capacidade de surpreender já e um
filme igual a tantos outros em termos de historias de amor entre
opostos, sem um nivel emocional elevado capaz de transportar o filme
para melhores voos, sendo um filme simples e pouco mais.
A historia fala de dois
professores que entram em disputa junto dos seus alunos defendendo a
importancia ou das letras e palavras ou das imagens, esta competicao
vai acabar por aproximar os polos da disputa dois professores com
conflitos internos muito claros e na fase mais decadente da vida de
ambos.
O argumento não
consegue ser sempre igual, o filme passa por diversas fases e nem
sempre temos um filme totalmente coerente, na maior parte do tempo
temos mesmo um filme longo, pausado e retorico e normalmente isso não
e resultado de um filme particularmente interessante.
De um realizador com 75
anos não se pode esperar muita acçao ou algo de particularmente
inovados principalmente quando ao leme temos mais que uma figura
incontornavel uma presença simpatica, e continua, aqui temos mais um
filme na onde da sua carreira, simplicidade e pouco mais.
No cast temos um duo de
luxo em fases diferentes da carreira Owen ultimamente esta longe dos
filmes mais visiveis optando por papeis mais intensos aqui o filme
não lhe da grande margem, apenas a espaços o permite principalmente
quando explora o seu lado mais dramatico, mesmo assim e sem estar no
seu melhor nivel pensamos que ainda tinha lugar num nivel superior do
cinema actual, ao seu lado a sempre eficaz Binoche, na tradiçao do
cinema europeu encaixa como uma luvaá suavidade que o filme pede a
sua personagem e o seu lado menos previsivel, de uma actriz que
devido as condicionantes ainda prefere o cinema mundial como um todo.
O melhor – Os
primeiros vinte minutos de um filme suave
O pior – Perder a
suavidade e nunca mais a encontrar
Avaliação - C
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