Tom Hardy tornou-se nos
ultimos anos uma figura de referencia de cinema pipoca mas ao mesmo
tempo vai efectuado algumas aparições em cinema de autor, como este
monologo Locke. Os resultados comerciais como seriam de esperar de um
filme tão pequeno não foram deslubmbrantes mas criticamente o filme
foi bem aceite, com avaliações entusiasmantes para o filme.
Sobre o filme podemos
dizer que estamos perante um filme original seguindo um pouco o que
Shumacher já tinha feito com cabine telefonica temos um monologo
interpretativo, que é sempre original e dificil de fazer já que
todo o valor do filme esta centrado na qualidade dos dialogos que a
personagem vai mantendo. E ai parece claramente que o filme funciona
desde logo porque as problematicas tratadas sao fortes a intensidade
dramatica esta presente e a duração do filme é curta o que de
alguma forma faz com que o filme seja uma interessante obra literaria
e ao mesmo tempo um filme curioso e original.
Mas tambem tem alguns
dos problemas tipicos destes filmes, e que apesar da sua curta
duração sao filmes dificeis de concluir e ao mesmo tempo são
filmes que vao perdendo ritmo quando o elemento novo e curiosidade
desaparecem, e nesse particular pese embora o filme aguente quase
mais de metade do filme com um ritmo interessante na parte final as
coisas tornam-se mais lentas e a conclusao não tem o poder que o
filme merecia ter.
Assim temos um bom
exercicio de cinema simples e eficaz que e brilhantada pela excelente
interpretação central o epicentro narrativo do filme, e que de
alguma forma acaba por dar ao filme a sua intensidade importante para
tornar o filme uma mais valia natural.
A historia fala de um
individuo que tem numa viagem de hora e meia que resolver os maiores
dilemas da sua vida, um filho a nascer de uma relaçao esporadica,
uma vida familiar em choque por este acontecimento e preparar a
distancia o maior acontecimento profissional, numa serie de decisoes
que vao ter de ser tomadas.
O argumento e
interessante pela riqueza dos dialogos onde o filme tem em si o seu
coração e neste particular podemos dizer que o filme mais que bem
escrito e um filme que sabe ponderar bem os seus timings e os seus
processos mesmo sem a presença fisica dá-nos diversas vertentes de
cada personagem.
A realização a cargo
de um argumentista conceituado a procura do grande ecra como
realizador e dificil mas na maior parte do tempo eficaz os movimentos
de camara ultrapassam o lado mais lento que o filme tem em virtude de
ser sempre efectuado no mesmo espaço e com a mesma personagem não
sendo uma obra prima perante as dificuldades o filme tem na
realizaçao uma ajuda.
Em termos de cast Hardy
tem a tarefa mais dificil que um actor pode ter estar sozinho do ecra
e pese embora não entre pelo facil overacting a sua interpretaçao e
poderosa o que demonstra bem a qualidade deste actor, que merece
reconhecimento pelo que tem vindo a fazer e que aqui demonstra mais
uma vez essa qualidade.
O melhor – Sempre um
forma inovadora de fazer cinema
O pior – A conclusao
Avaliação - B
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