O ano passado durante o
Festival de Veneza um pequeno filme de uma realizadora do circuito
indie chamou a atençao pela presença de actores jovens e
conceituados num filme claramente com uma visao mais intimista do
cinema. Os resultados criticos foram interessantes com avaliaçoes
positivas principalmente no certame mas que não resultou em premios,
e viu a estreia americana adiada. Talvez por este factor e pela pouca
distribuiçao do filme os resultados comerciais foram residuais algo
aquem dos valores dos seus interpretes.
Sobre o filme podemos
dizer que esta mais dentro do tipo de filme que a sua realizadora
habituou do que propriamente uma tentativa de modificar pela presença
de figuras mais mediaticas, ou seja temos um filme de personagens
silenciosas com um objectivo definido ganhando o filme intensidade
com a reaçao ao climax, que se situa a meados do filme e não no seu
fim. Um estilo mais europeu e seguido agora por alguns cineastas de
um circuito mais restrito.
Mas o problema do filme
reside em duas falhas vincadas a primeira das quais a premissa do
filme já ser conhecida quem em cinema quer literariamente abordada
de diferentes formas e visoes por cineastas diferentes o que acaba
por ser muito redutor para um cinema mais exprimental, e depois a
falta de ritmo do filme que por vezes parece travar-se a ele proprio
levando o espectador para uma toada de quase adormecimento.
Em suma um filme que na
base poderia ter mais valor do que realmente consegue, mas que podera
agradar aqueles que gostam de um cinema de captaçao de significado
lento mais proximo de um cinema europeu de baixo investimento o que
não e o meu caso, pelo que o agrado com o filme não tenha sido
muito, principalmente porque a historia já a vimos ser contada de
formas muito diferentes e algumas delas com mais qualidade do que a
aqui vincada.
A historia fala de tres
activistas que acabam por concertar a explosao de uma barragem que
conduz a reaçoes diferentes com o efeito da mesma, por parte de cada
um deles.
O argumento segue a
premissa de Crime e Castigo algo que outros filmes em contextos e
envolturas diferentes já o fizeram e dentro desta premissa não nos
parece ser o maximo potenciada nem na criaçao do contexto nem no pos
acontecimento.
Na realizaçao
Reichardt tem perfecionismo estetico gosta de filmar o lado
expressivo e silencioso das suas personagens e isto pode ser uma
virtude com filmes mais ricos narrativamente.
O cast tras um
Eisenberg ambiguo de um lado independente que tem vindo a demonstrar
mas que não nos parece dificil de funcionar parece mais funcional do
que dificil, Fanning tenta descontruir a imagem simples da infancia
mas neste filme o destaque sao as imagens.
O melhor – A
realizaçao
O pior – O pós
situaçoes, confuso e aborrecida
Avaliação - C
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