A figura de Angelina Jolie agora Pitt nos ultimos anos tem sido uma das que mais se alterou. Depois de diversos anos como actriz de filmes de grande estudio a estrela dedicou-se recentemente mais a causas sociais e ao desenvolvimento da sua carreira como realizadora, que chegou mesmo a colocar de lado a sua carreira enquanto actriz. Este filme o seu segundo projecto ambicioso e anunciado como o ultimo que iria interpretar, foi exibido e recebido muito negativamente em alguns festivais o que pelo segundo ano consecutivo a tirou cedo da corrida pelos premios. Em termos comerciais tambem um desastre que nem a presença do casal mais famoso de hollywoood conseguiu contornar.
Desde logo começou por referir que considerei Unbroken o anterior filme de Angelina Jolie como um dos filmes mais injustiçados dos ultimos anos pois achei-o um bom filme, bem realizado e bem protagonizado e que sofreu de excesso de ambiçao. Neste caso parece-me obviamente um filme menor, mais intimista, mais independente, mais centrado em alguns aspetos tecnicos mais artisticos e menos dimensão, mas o resultado e obviamente pior. Se no outro ainda podemos ver algumas caracterisitcas de Jolie como uma realizadora tarefeira de estudio aqui vimos alguem que quer fazer uma obra singular e tem diversas falhas de concretização, principalmente no argumento pela escassez de palavras, pela construçao quase inexistente da sua personagem e pela previsibilidade do seu argumento.
COm todos estes argumentos temos um filme com uma dinamica de casais interessante principalmente na forma como nos da um filme totalmente desalinhado por uma razão obvia, e tem um final interessante na forma como define muito das personagens que deambulam durante as duas horas á nossa frente, mas a falta de ritmo e de intensidade do filme e gritante e isso conduz para um filme aborrecido que nunca consegue captar o espetador.
A forma como Jolie esta a dedicar a carreira e um pouco como a personagem do seu filme aqui, sem sal, sem intensidade quase como se de um quadro sem vida se tratasse daqueles que pode ser muito pensado mas nada transmite ao seu espetador, e este e claramente o lado obvio deste filme, que tem um tema interessante, intenso de conflito mas que pouco disto passa ao espetador muito por culpa de um guião pouco trabalhado e de uma realizaçao paisagisticamente interessante mas que nunca consegue imprimir vida ao filme.
A historia fala de um casal que se dirige para França para o elemento masculino escrever um livro, contudo o casal em clara ruptura acaba por se dedicar a observar um recem casal que fica instalado no quarto imediatamente ao lado do seu.
O argumento tem pontos de base interessante, a crise conjugal motivada por um acontecimento trágico, o voyeurismo cada vez mais latente na sociedade, mas acaba por ser algo vazio na sua concretização, dialogos sem intensidade, apenas no final consegue uma ou outra sequencia mais significativa e acima de tudo uma conclusao que poderia ser interessante demasiado rápida.
Na realização podemos dizer que as paisagens escolhidas e a definição de local do filme é brilhante, Jolie Pitt tem momentos interessantes quase como um postal de férias. O lado negativo a forma como caracteriza e filma a sua personagem, demasiado parada, quase como se de uma boneca de porcelana se tratasse, e isso faz com que ela nunca exista.
No cast Jolie Pitt tem no filme uma serie de movimentos standartizados que em todos os ultimos filmes tem dado, e que tem destruido a sua carreira como actriz, pouca espontaneadade pouca intensidade, quase como se um boneco de cera se tratasse e numa pessoa que ja fora do ecrã e vista assim nao me parece uma boa escolha, melhor mais intenso, Pitt com um melhor papel, mesmo assim com um grau de dificuldade mediano.
O melhor - O bilhete postal
O pior - Angelina Jolie agora Pitt como actriz e boneco de cera
Avaliação - C
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