Sunday, February 21, 2016

Tumbledown

Nos ultimos anos tem sido comum alguns dos actores que lançaram as suas carreiras em cinema comico tentar em filmes pequenos reverterem as suas carreiras e criarem um outro tipo de estrategia mais ligada ao cinema de autor mesmo com tom comedia. E isso que tem ocorrido com Jason Sudekis, que logo no inicio deste ano surge neste filme, que conseguiu algumas criticas interessantes sem serem no entanto entusiasmantes mas que comercialmente e fruto da sua pequena dimensao quase não conseguiu ultrapassar a presença em montras muito selecionadas.
Normalmente ligar o amor e a musica e usualmente uma forma facil de uma comedia romantica garantir passar na critica, pela forma emocional com que as musicas conseguem potenciar o impacto de qualquer ligação. Pois bem estando presente perante um filme com estas caracteristicas certo e que o filme não consegue ter impacto e isso deve-se ao facto das personagens não terem quimica mesmo o filme sendo decorrido grande parte em dialogos entre elas as duas.
E quando se fala de um filme romantico entre o nascimento de um amor a quimica entre personagens e mais que isso entre intepretes e condição nescessária para que o filme resulte e neste caso não existe. E é dificil perceber as razões pela qual essa quimica não existe, a musica, o isolamento a espontaneadade na relação com familiares, os acontecimentos tragicos anteriores e principalmente o facto do filme ser quase centralizado nas duas personagens tinha tudo para fazer a faisca acontecer mas ela obviamente nunca aparece, e isso e claramente um defeito do filme.
Mesmo assim uma ideia aparentemente interessante que é a descoberta de uma relação sustentada na analise da anterior, a forma como as personagens vão do lado negativo de uma relação até a um amor, e todo esse corredor parece bem definido do filme, que perde em muito pela pouca simbiose pelo menos na forma como é passada para o espetador.
O filme fala de uma viuva que acaba por começar a relacionar-se com um fã do seu marido, e decidem juntos escrever a auto biografia do mesmo, que vai levar a descobertas interessantes que sera o contexto do crescimento de uma nova relação.
E estranho analisar o argumento deste filme ele parece seguir todos os passos necessarios para o filme funcionar e com impacto intelectual e emotivo, e o certo e que não o consegue ter, e aqui penso que a culpa podera não estar no argumento mas na realização.
Parece que o tom demasiado lento que o filme adopta mesmo na forma como os dialogos são referidos possa ter sido o maior calcanhar de aquiles na forma como a relação parece nunca ter chama mesmo que todos os ingredientes para a combustão estejam la.
No cast Hall funciona muito bem neste tipo de filme, já que consegue dar as suas personagens impacto emocional quer seja ele positivo ou negativo, parece-me uma actriz para altos voos que está paralisada em cinema de segundo nivel. Já Sudekis deve-se valorizar esta passagem para comedias mais densas mas o seu lado “goofy” ainda esta longe de ter sido totalmente descontruido e isso ainda não lhe permite ser totalmente convincente noutro tipo de papeis.

O melhor – A musica e o amor sempre bem relacionados

O pior – Ter tudo para resultar e a quimica dos protagonistas raramente existir


Avaliação - C

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