Sempre que Tarantino
anuncia um projecto o mundo do cinema paralisa a espera do resultado,
de um dos maiores mitos vivos do cinema actual, um dos poucos que
atrás das camaras tem uma legião de fãs que faz com que os seus
filmes sejam um acontecimento bem antes do seu lançamento. Este ano
mais um Western genero no qual se começa a especializar. O resultado
critico ficou um pouco aquem dos seus filmes mais recentes pese
embora alguns dos valores tipicos do filme do realizador tenham sido
inaltecidos. Comercialmene o filme rendeu o que se espera de um filme
de Tarantino nunca pensados para grandes massas.
Sobre o filme podemos
dizer que temos na primeira fase um tarantino mais parado, como que a
introduzir meticulosamente as personagens uma a uma, tentando
potenciar a riqueza dos dialogos imagem de marca do realizador no
papel de argumentista. E aqui reside os principais problemas do
filme, não que os seus dialogos não tenham a qualidade habitual,
porque tem, mesmo o significado mas fica a ideia que o filme perde
demasiado tempo neste lado o que faz o filme adormecer principalmente
porque o campo de trabalho era curto para tanto dialogo acessorio,
mesmo que com a qualidade Tarantino.
Ou seja a forma como o
tempo e distribuido e claramente um erro do filme, uma primeira fase
muito lenta que não agarra o espetador que apenas lança um ou outro
riso pela forma como determinadas personagens respondem mais
propriamente do que pela curiosidade do dialogo. Assim quando
Tarantino decide equilibrar com os dialogos e o seu lado mais ativo,
sanguineo e violento o filme já se encontra adormecido muito porque
o filme quer ser artistico e apenas o resgate para o moderadamente
positivo e nunca para uma obra prima.
E parece claramente ser
um dos piores filmes de Tarantino, desde logo no alcance do tema
escolhido por vezes o filme parece emaranhar-se demasiado em dialogos
soltos literarios mas pouco cinematograficos. Mas em detalhes
tecnicos e provavelmente um dos filmes mais arrojados do realizador,
a fotografia, os cenarios a composiçao do guarda roupa a banda
sonora tudo de uma excelencia interessante de um filme que perde
acima de tudo pelo mau balanço e gestao de tempo, fundamental para
um filme com tres horas.
A historia fala de
diversas pessoas que dizem ser o que talvez não sejam fechadas no
meio de uma tempestade numa pensao, onde todos começam a duvidar do
que os outros fazem ali naquele momento.
O argumento e Tarantino
na forma como da a primazia ao dialogos de forma a contextualizar um
a um as personagens, os dialogos sao ricos, nem seria de pensar outra
coisa, os temas comuns como racismo, politica e curiosidade e bem
presente, pena e que na estrutura o filme não tenha um tema e um
alcance que o levasse para outroa patemares.
Tarantino e um
realizador singular a sua forma de filmar dialogos olhos nos olhos e
unica e artistica ao alcance de um dos maiores, no filme e na
realizaçao falha no balanço de tempo entre o dialogo e a ação e o
filme perde muito. Mesmo assim continua no terreno bastante positivo
com o crescimento tecnico que vai apresentando.
No cast muitos habitues
de Tarantino alguns deles que apenas conseguem algum sucesso com ele,
e na generalidade um filme bem interpretado notando-se uma quimica
clara entre ele, jackson, Madsen e Roth, mas o maior louvor vai para
Jennifer Jason Leigh uma personage excelente e alma do filme e tudo
roda a sua volta, uma personagem com selo de oscar que apenas vai
ficar pela nomeaçao
O melhor – A ascenção
tecnica de Tarantino
O pior – A gestao de
tempo pouco eficaz torna o filme em momentos aborrecido
Avaliação - B-
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