Há dezasseis anos o
mundo do cinema ficava surpreendido e fascinado pelo bailado criado
por Ang Lee, numa produção exclusivamente oriental que acabaria por
ser uma surpreendente caso de sucesso e talvez o mais conceituado
filme de artes marciais dos ultimos vinte anos. Pois bem agora com a
chancela da Netflix surgiu a sua sequela, repetindo apenas um dos
protagonistas do primeiro filme, criticamente as coisas estiveram bem
longe do sucesso do primeiro filme com avaliações medianas
comercialmente e sempre muito dificil medir o sucesso de um filme
netflix.
Claramente estamos
perante um filme muito pior em todos os niveis do que o primeiro, mas
isso penso que não seria surpreendente para ninguem, temos uma
versão comercial que potencia mais a acção menos a historia, com
talvez mais cuidados tecnicos mas ao mesmo tempo claramente mais
vazia em termos de valores o que para um filme de artes marciais e
claramente nocivo. Parece um videojogo limitado ao maximo em termos
de argumento para potenciar as lutas e tornar as mesmas num
espetaculo unico de bailado.
E é o que registamos
algumas sequencias de luta bem treinadas sempre em contextos
preparados ao promenor, mas uma inexistencia total de personagens ou
mesmo algum tipo de objetivo narrativo, demonstrando na minha opiniao
o erro de efetuar este filme, já que nos parece que um conceito tão
funcional como o primeiro a todos os niveis não deve ser nunca
retocado pois a probabilidade de o estragar e quase sempre o caminho
em face da dificuldade de o inaltecer.
Ou seja uma hora e meia
para apaixonados de serie B com cenarios de primeira linha, mais puro
para os amantes simples de cinema de artes marciais mas incapaz de
satisfazer minimamente os amantes do cinema em geral, é claramente
um filme menor e ter este selo faz com que a desilusão seja um
sentimento permanente.
A historia segue o
destino da espada e a tentativa de um vilao ter em sua posse a espada
central que o vai fazer governar o mundo samurai ai uma velha
conhecida unica a outros personagens proprios unem-se para combater
um exercito em clara maioria.
O argumento e
totalmente vazio quando comparado com o primeiro filme, os valores
tipicos nos filmes orientais estão presente mas pouco trabalhados
como honra, vingança e respeito e isso faz com que o filme seja
apenas contexto para as sequencias de luta.
Em termos de realização
temos um inexperiente realizador conhecedor das tecnicas para o filme
resultar, uma boa escolha de contextos e cenarios acabam por dar ao
filme alguma grandiosidade visual sendo este capitulo aquele que mais
destaque merece sublinhar.
Em termos de cast so
Yeoh repete o papel, e acaba por ser o epicentro do filme, de resto
penso que o filme não foi feliz nas substituições que efetuou
principalmente em Donnie Yen longe do carisma que Fat tem, e o filme
ressente em muito os défices do primeiro.
O melhor – A riqueza
visual
O pior – A pobreza
narrativa
Avaliação – C-
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