É conhecido as
dificuldades que um filme tem para fazer imperar a sua força em
Janeiro de cada ano, principalmente porque as atenções se viram
para os candidatos aos oscares e porque a vontade de sair de casa
nunca e muita. Dai que surpreendeu que um estudio como a Disney tenha
lançado este filme em tão peculiar altura. O resultado foi que
mesmo com criticas aceitaveis, sem ser de todo entusiastas o filme
comercialmente derrapou principalmente tendo em conta o custo da
produção.
The Finest Hours é um
filme muito pouco narrativo e isso condiciona o resultado de qualquer
filme e obriga qualquer pessoa que o avalie em dividir o filme em
duas partes, por um lado o lado tecnico de um filme de grande estudio
com boas sequencias de acção que tornam o mar o monstro que o filme
quer que ele seja, com profissionalismo, com força e impacto, algo
que aliado à propria historia veridica de base da ao filme uma forma
emocional interessante, e estes são os manifestos valores do filme.
O problema e o resto do
filme, e aqui desde logo as personagens, pouco trabalhadas, com
poucas dimensões, na maior parte do tempo pensamos que estámos a
falar apenas de pessoas com défices cognitivos principalmente na
zona de terra, que de repente se transformam sem nos percebermos bem
se é a mesma pessoa. Os dialogos as mudanças de atitude são tao
repentinas que causa buracos narrativos enormes no filme e dota-o de
pouco ou quase nenhuma profundidade.
Enfim resulta num filme
de estudio que em termos de imagens e tecnica tem grande valor mas
com muitos defeitos no argumento em todas as bases do mesmo, é
tambem um filme com diversos resultados consoante o tempo uma
primeira hora de filme completamente enfadonha e uma segunda hora
onde as personagens basicamente apenas resistem fisicamente mais
interessante já que os defices de contruçao narrativos não sao
tanto postos a prova para dar lugar as imagens por si so.
O filme fala do resgate
da tripulaçao de um petroleiro condenados à morte mas que quatro
homens num barco pequeno e condiçoes climaticas complentamente
adversas tentaram salvar.
O argumento e o grande
calcanhar de aquiles do filme, principalmente porque falha num ponto
basilar como contruçao de personagens, com excepção da personagem
feminina central todos os restantes parecem ter sido desprovidos de
qualquer tipo de personalidade o que não da espaço para
complexidade narrativa e dialogos de minima qualidade ou
objetividade.
Gillespie e um
realizador particular, depois de um inicio de carreira
interessantissimo muito mais proximo da critica com o tempo foi-se
tornando um basico tarefeiro de hollywood com filmes de estudio mais
virados para uma componente simplista do cinema, fica a noçao que
com o tempo perdeu-se um realizador que provavelmente nunca ira
cumprir o que muitos esperaram dele. Aqui temos um filme tecnicamente
irreprenssivel mas com falta de arte.
No cast temos um
conjunto de atores de um nivel A- de Hollywood, Pine e usualmente
funcional como protagonista simples de filmes de acçao, pese embora
me pareça que já o vi com mais presença e a preencher mais o ecrã,
Affleck provavelmente vamos o ver em personagens mais exigentes
noutro filmes este ano, Bana está em baixo de forma e o filme denota
isso mesmo, mas totalmente inutil e a personagem entrega a Forster,
provavelmente o melhor actor do cast que tem uma das personagens mais
vazias e confusas dos ultimos tempos.
O melhor – O nivel
técnico da luta contra o mar.
O pior – A forma como
todas as personagens masculinas são reduzidas em termos de real
personalidade
Avaliação - C
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