Saturday, February 20, 2016

The Finest Hours

É conhecido as dificuldades que um filme tem para fazer imperar a sua força em Janeiro de cada ano, principalmente porque as atenções se viram para os candidatos aos oscares e porque a vontade de sair de casa nunca e muita. Dai que surpreendeu que um estudio como a Disney tenha lançado este filme em tão peculiar altura. O resultado foi que mesmo com criticas aceitaveis, sem ser de todo entusiastas o filme comercialmente derrapou principalmente tendo em conta o custo da produção.
The Finest Hours é um filme muito pouco narrativo e isso condiciona o resultado de qualquer filme e obriga qualquer pessoa que o avalie em dividir o filme em duas partes, por um lado o lado tecnico de um filme de grande estudio com boas sequencias de acção que tornam o mar o monstro que o filme quer que ele seja, com profissionalismo, com força e impacto, algo que aliado à propria historia veridica de base da ao filme uma forma emocional interessante, e estes são os manifestos valores do filme.
O problema e o resto do filme, e aqui desde logo as personagens, pouco trabalhadas, com poucas dimensões, na maior parte do tempo pensamos que estámos a falar apenas de pessoas com défices cognitivos principalmente na zona de terra, que de repente se transformam sem nos percebermos bem se é a mesma pessoa. Os dialogos as mudanças de atitude são tao repentinas que causa buracos narrativos enormes no filme e dota-o de pouco ou quase nenhuma profundidade.
Enfim resulta num filme de estudio que em termos de imagens e tecnica tem grande valor mas com muitos defeitos no argumento em todas as bases do mesmo, é tambem um filme com diversos resultados consoante o tempo uma primeira hora de filme completamente enfadonha e uma segunda hora onde as personagens basicamente apenas resistem fisicamente mais interessante já que os defices de contruçao narrativos não sao tanto postos a prova para dar lugar as imagens por si so.
O filme fala do resgate da tripulaçao de um petroleiro condenados à morte mas que quatro homens num barco pequeno e condiçoes climaticas complentamente adversas tentaram salvar.
O argumento e o grande calcanhar de aquiles do filme, principalmente porque falha num ponto basilar como contruçao de personagens, com excepção da personagem feminina central todos os restantes parecem ter sido desprovidos de qualquer tipo de personalidade o que não da espaço para complexidade narrativa e dialogos de minima qualidade ou objetividade.
Gillespie e um realizador particular, depois de um inicio de carreira interessantissimo muito mais proximo da critica com o tempo foi-se tornando um basico tarefeiro de hollywood com filmes de estudio mais virados para uma componente simplista do cinema, fica a noçao que com o tempo perdeu-se um realizador que provavelmente nunca ira cumprir o que muitos esperaram dele. Aqui temos um filme tecnicamente irreprenssivel mas com falta de arte.
No cast temos um conjunto de atores de um nivel A- de Hollywood, Pine e usualmente funcional como protagonista simples de filmes de acçao, pese embora me pareça que já o vi com mais presença e a preencher mais o ecrã, Affleck provavelmente vamos o ver em personagens mais exigentes noutro filmes este ano, Bana está em baixo de forma e o filme denota isso mesmo, mas totalmente inutil e a personagem entrega a Forster, provavelmente o melhor actor do cast que tem uma das personagens mais vazias e confusas dos ultimos tempos.

O melhor – O nivel técnico da luta contra o mar.

O pior – A forma como todas as personagens masculinas são reduzidas em termos de real personalidade


Avaliação - C

No comments: