Saturday, October 24, 2015

Crimson Peak

Sempre que Guillermo del Toro lança um novo filme de imediato o mundo do cinema espera algo de particularmente original em todos os segmentos ainda para mais quando toca no fantastico e no horror genero de referencia do realizador. Contudo apos as primeiras visualisações não houve um grande entusiasmo em torno de um filme que mesmo obtendo boas criticas não foi fulgurante comercialmente tambem ficou bem longe do que conseguiu noutros filmes, suficiente para ser considerado um floop relativo, parece que sim.
Sobre o filme, podemos dizer que o filme mais artistico e talvez mais visual do ano seja um filme banal, muito por culpa de uma historia repetitiva, pouco densa, e acima de tudo extremamente previsivel. Todos os louvores e são muitos que o filme merece na forma como cada imagem do mesmo e uma obra de arte inspirada num estilo gotico detalhado que nos encanta, em termos de argumento mesmo perante muitas tentativas encontramos muito pouco de particularmente interessante e isso num filme de Del toro tem que ser obviamente valorizado.
Muitos podem dizer e o genero que não permite, embora em parta concorde, ao falar de Del Toro tenho mais dificuldades em o fazer, já que se existe realizador que já provou conseguir funcionar a todos os niveis neste estilo foi ele, parece-me e que a aposta foi total nas componentes tecnicas do filme desleixando em muito o lado narrativo e do argumento, dai que o sabor seja agridoce no fim do filme.
Crismon Peak mesmo sendo talvez o filme mais bonito do realizador, peca em muitos pontos, desde logo as personagens, demasiado vagas, a relaçao central, e sempre demasiado ambigua para o peso que a mesma tinha de ter para fazer o sentido final do filme resultar, e pior que isso a falta de um verdadeiro climax o final do filme e rapido como se o filme não tivesse muito mais para potenciar, e provavelmente narrativamente não tinha.
O filme fala de uma jovem escritora que apos casar com um peculiar industrial e sonhador da argila, mas falido descola-se com o mesmo para uma estranha casa ao abandono onde o mesmo reside com a irma, ai tudo começa a ser demasiado estranho, entrando num submundo espiritual.
Em termos de argumento, e complicado dizer isto, mas espremido não temos muito mais neste filme do que em grande parte dos filmes de terror, a casa, as assombrçoes as explicaçoes, tudo acontece como o livro, o que num filme com alguma expetativa e claramente redutor, para alem da falta principalmente no duo principal de uma personagem realmente multidimensional.
Del Toro e um grande realizador e um dos que consegue dar assinatura em cada obra que faz, pena e que no seu objecto esteticamente mais artistico mais deslumbrante, tenhamos o pior guião, porque com um argumento minimo estariamos perante uma obra de arte completa. Contudo com este primor rapidamente teremos a obra para a eternidade que tem vindo a prometer.
O cast e riquissimo para um filme de terror, e se Warikowska e Hiddleston podemos dizer que sao personagens parecidos com outros que já vimos de ambos, todos os louros vao para Chastains ela aquela que mais brilha e mais entra no contexto da realizaçao, numa interpretaçao bem acima da media para o genero de um actriz que é recheada de versatilidade.


O melhor – A realizaçao artistica

O pior – Um argumento muitos furos abaixo que tudo o resto merecia


Avaliação - C+

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