Saturday, October 17, 2015

Mr Holmes

Existe dois realizadores dentro de Bill Condon, por um lado o original tradicionalista inglês que nos trouxe entre outros filmes Relatorio Kinsey e Deuses e Monstros, e por outro lado o de grande estudio que seguiu ate ao fim a saga Twilight. Neste ano Condon regressou ao tradicionalismo obtendo melhor recepçao critica, com este filme. Comercialmente sendo um filme a partida pouco auspicioso, o resultado parece ter sido melhor do que o filme poderia valer.
È sempre dificil dar continuidade a uma historia conhecida preenchendo os espaços brancos, e desde logo deve-se valorizar esta tentativa de nos mostrar os ultimos anos de alguem tao familiar como Sherlock Holmes, partindo de um ponto de vista conhecido e efetuando uma total nova historia. E nesta coragem o filme, funciona. No restante o filme tem dois pontos moderadamente positivos e um moderadamente negativo. O objectivo do filme e seguir tres linhas narrativas com resultados completamente diferentes. Se no desvendar do caso do passado o filme consegue jogar com os promenores sempre importantes no filme de Holmes, no lado mais oriental do filme, desde logo observamos que o mesmo é o menos importante do filme, e algo que menos resulta, chegamos no final com total convicção que ele nem sequer deveria existir. No plano presente o filme e emotivo, mas na essencia não trás nada de particularmente novo relativamente a qualquer filme que relata a interação e quimica entre uma criança e um idoso.
Um dos problemas do filme e que muitas vezes nos esquecemos de Holmes, so percebemos quando o filme faz essa referencia ou a nomes conhecidos, o filme parece não tar dependente disso, e o resultado não iria ser diferente se não fosse Holmes mas outra personagem qualquer. Aqui pensamos que o filme poderia utilizar melhor a personagem, e não o fez por opçao mas penso que isso tira força ao filme.
Mesmo assim temos um filme de facil visualizaçao que sabe conjugar o lado mais intlectual com o lado mais emotivo, tem um final esperado, e não e propriamente um poço de creatividade mas não e claramente por exercicios como este que o cinema fica a perder.
A historia trás-nos ate um Sherlock Holmes retirado, com principios de Alzheimer entregue ao cuidado de uma empregada e do filho desta, da relaçao com o menor começa a recordar-se dos dois ultimos casos e da forma como isso conduziu a sua retirada.
O argumento e sempre dificil, e sempre complicado e exigente alterar uma historia muito conhecida ou dar-lhe um seguimento sem se o autor natural da mesma. Aqui temos desde logo que louvar a tentativa, sobre o resultados um filme de altos e baixos, demasiado repartido por segmentos com uns a funcionarem melho que outros.
Condon e um realizador que sente melhor com filmes simples onde as paisagens possam ser elas tambem fundamentais, aqui parece ter uma realização tranquila de autor, sem querer muito do filme, a não ser contar uma historia, mas e bem melhor do que quando a expetativa o tenta conduzir para terrenos que nada trazem de bom da sua forma de filmar.
No cast a escolha de Mckellen e irrepreensivel, ele consegue ter a serenidade e a intensidade que o papel necessita, o facto de termos diferentes prespetivas do mesmo personagem exige um monopolio de capacidades que so um grande actor consegue ter e Mckellen e um desses grandes actores, numa das boas intepretaçoes do ano, que não deixa espaço a mais ninguem.

O melhor – A coragem de seguir ou reinventar uma historia de todos

O pior – O segmento oriental do filme completamente desnecessario.


Avaliação - C+

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