
È sempre dificil dar
continuidade a uma historia conhecida preenchendo os espaços
brancos, e desde logo deve-se valorizar esta tentativa de nos mostrar
os ultimos anos de alguem tao familiar como Sherlock Holmes, partindo
de um ponto de vista conhecido e efetuando uma total nova historia. E
nesta coragem o filme, funciona. No restante o filme tem dois pontos
moderadamente positivos e um moderadamente negativo. O objectivo do
filme e seguir tres linhas narrativas com resultados completamente
diferentes. Se no desvendar do caso do passado o filme consegue jogar
com os promenores sempre importantes no filme de Holmes, no lado mais
oriental do filme, desde logo observamos que o mesmo é o menos
importante do filme, e algo que menos resulta, chegamos no final com
total convicção que ele nem sequer deveria existir. No plano
presente o filme e emotivo, mas na essencia não trás nada de
particularmente novo relativamente a qualquer filme que relata a
interação e quimica entre uma criança e um idoso.
Um dos problemas do
filme e que muitas vezes nos esquecemos de Holmes, so percebemos
quando o filme faz essa referencia ou a nomes conhecidos, o filme
parece não tar dependente disso, e o resultado não iria ser
diferente se não fosse Holmes mas outra personagem qualquer. Aqui
pensamos que o filme poderia utilizar melhor a personagem, e não o
fez por opçao mas penso que isso tira força ao filme.
Mesmo assim temos um
filme de facil visualizaçao que sabe conjugar o lado mais intlectual
com o lado mais emotivo, tem um final esperado, e não e propriamente
um poço de creatividade mas não e claramente por exercicios como
este que o cinema fica a perder.
A historia trás-nos
ate um Sherlock Holmes retirado, com principios de Alzheimer entregue
ao cuidado de uma empregada e do filho desta, da relaçao com o menor
começa a recordar-se dos dois ultimos casos e da forma como isso
conduziu a sua retirada.
O argumento e sempre
dificil, e sempre complicado e exigente alterar uma historia muito
conhecida ou dar-lhe um seguimento sem se o autor natural da mesma.
Aqui temos desde logo que louvar a tentativa, sobre o resultados um
filme de altos e baixos, demasiado repartido por segmentos com uns a
funcionarem melho que outros.
Condon e um realizador
que sente melhor com filmes simples onde as paisagens possam ser elas
tambem fundamentais, aqui parece ter uma realização tranquila de
autor, sem querer muito do filme, a não ser contar uma historia, mas
e bem melhor do que quando a expetativa o tenta conduzir para
terrenos que nada trazem de bom da sua forma de filmar.
No cast a escolha de
Mckellen e irrepreensivel, ele consegue ter a serenidade e a
intensidade que o papel necessita, o facto de termos diferentes
prespetivas do mesmo personagem exige um monopolio de capacidades que
so um grande actor consegue ter e Mckellen e um desses grandes
actores, numa das boas intepretaçoes do ano, que não deixa espaço
a mais ninguem.
O melhor – A coragem
de seguir ou reinventar uma historia de todos
O pior – O segmento
oriental do filme completamente desnecessario.
Avaliação - C+
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