Este é daqueles filmes que independentemente da qualidade ou do resultado seria sempre um acontecimento, uma vez que foi o primeiro filme produzido e de imediato exibido pelo formato Netflix que ja domina a televisao de forma a tentar encontrar alguma inovaçao na forma de ver filmes. Os resultados criticos do filme foram positivos com avaliaçoes essencialmente positivas para um filme que teve como montra diversos festivais, comercialmente e dificil medir o impacto do filme e a forma como ele conduziu a novos assinantes da Netflix, em termos de bilheteira e sendo um formato disponibilizado em televisao o resultado so poderia ser curto.
Beasts of No Nation e dos filmes mais crus que há memoria, e isso acaba por ser um elogio a forma como o filme consegue ter impacto em quem o vê. A forma como inicia de uma forma inocente até engraçada e torna o filme uma violenta luta por algo que nunca chegamos a perceber transformando o mais inocente dos seres humanos numa maquina de matar, e uma transformação que o filme mostra com toda a dimensao emocional, e fisica da situação, num dos filmes de maior impacto a todos os niveis dos ultimos anos, principalmente no que a uma personagem diz respeito.
E daqueles filmes que nos faz pensar se realmente vivemos no mesmo mundo, pese embora o filme nunca assuma ter sido baseado em factos veridicos todos sabemos que tem muito de real o filme. A forma como o realizador nao da nome aos locais acaba por tornar tudo ainda mais metaforico. A coragem de nao se inibir das sequencias mais pesadas, sempre do ponto de vista de uma criança torna tudo ainda mais sublinhado e brutal e nisso, obviamente um objetivo do filme tudo acaba por ser cumprido.
O unico defeito que o filme pode ter é ser demasiado repetitivo, dificilmente dá enfase ao objetivo geral de outras personagens, talvez porque nao interesse para o proposito do filme e ai ate estou de acordo, mas num filme com quase duas horas e meia o filme poderia ter algum maior espectro de abrangencia podendo ainda ter mais impacto.
O filme fala de uma criança que quando a guerra civil num pais africano chega a sua zona de residencia fica sem familia, e vê-se crescer como soladado movido pela vingança junto de um grupo de rebeldes com metodos muito pouco ortodoxos.
O argumento e simples, nao temos um filme recheado de grandes dialogos, ou creatividade narrativa, temos um relato espontaneo com a total finalidade de dar força com o silencio as imagens que nos sao mostradas. Nao e uma obra prima, mas cumpre os objetivos do filme.
Muitos podem dizer que Cori Joji Fukunaga, tem uma realizaçao simplista, eu digo que tem uma realizaçao que potencia ainda mais a crueldade do que assistimos e isso parece aqui ser a melhor opçao de um realizador que com o mesmo estilo ja tinha brilhado na forma intensa que tinha realizado a primeira serie de True Detective. parece ser um caso a seguir, pelo impacto que consegue dar, sem grandes adornos as suas obras.
No cast dois destaques, e impressionante a intensidade que um pequeno e inexperiente Abham Attah dá ao seu personagem, nos sentimos nas suas expressoes todas as duvidas e alteraçoes do seu papel, e isso e absolutamente intenso, tendo em conta a juventude de um menor, que tem aqui um dos papeis mais intensod do filme. Contudo os louros futuros do filme, a existirem vão para Idris Elba, o unico actor conhecido do filme, e aquele que mais arrisca no papel, a sua presença carisma e interpretaçao é fortissima, e uma das melhores do ano, de um actor em clara ascensão que aqui tem o papel de uma vida, que lhe podera valer, pelo menos a nomeaçao aos oscares da academia.
O melhor - A força que as imagens do filme acabam por ter.
O pior - Podia ter o espectro do filme mais aberto
Avaliação - B+
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