Cameron Crowe e
daqueles realizadores que depois de um inicio de carreira fulgurante
que o tornou num dos melhores argumentistas\realizadores de filmes de
amor, tem tido dificuldade nos ultimos anos de realcançar o sucesso
passado, pese embora as tentativas já tenham sido muitas. Para este
ano surgiu mais uma comedia romantica situada no Havai e com um
elenco de luxo. Contudo os resultados ainda foram piores em todos os
aspetos do que os seus mais recentes floops, um autentico boom
negativo em termos comerciais e criticamente tambem longe das
recepçoes positivas que marcaram o inicio de carreira do realizador.
E facil gostar do
cinema de Crowe, pela forma como ele transforma em palavras bonitas e
metaforas qualquer relaçao, como consegue dar impacto ao amor entre
as suas personagens e isso esta presente neste Aloah. Mas o que falha
neste filme é tudo o resto, principalmente comparando com outros
filmes do realizador. O que falha e o filme nunca se levar a serio,
nunca querer abordar com profundidade qualquer conflito ou qualquer
parcela do filme que não seja as relaçoes, e num filme tao
contextual isso e claramente um grande defeito.
E porque é que isso e
defeito porque o cerne da questão chega ao fim sem ser explicado sem
nunca termos uma noçao dos objectivos de cada personagem de onde vêm
e de onde vão, porque estas sao limitados como nunca o foram num
filme de Crowe. Ou seja pouco nos importa a decisao final porque as
personagens sao simples quase novelescas e o filme tem muitos poucos
elementos que o diferenciem de uma comedia serie B.
O melhor ponto do filme
vai para a forma como a personagem de Wood é inserida em todo o
filme, acaba por ser o unico ponto creativo que o filme trás consigo
e funciona porque no silencio acaba por ser a persoangem mais madura
aquela que o ponto de vista mais facilmente e compreendido pelo
espetador e aquela que merecia quem sabe um final mais epico. Alias
nenhuma personagem tem um final intenso algo que pelo menos se exigia
tento em conta a força que o amor assume em todo o filme.
A historia fala de um
ex militar que regressa a terra natal para fazer acessoria para um
milionario que quer lançar um satelite pelo Havai de forma a
controlar o pacifico. Neste regresso a casa interage com o amor da
sua vida e cria uma relaçao proxima com uma pessoa que tem como
missao tomar conta de si.
O argumento tem algumas
das virtudes de Cameron Crowe a forma como o mesmo tranforma dialogos
simples metaforicos em poesia amorosa, já o fez em filmes anteriores
e este filme tambem tem esta sua vertente. Pena e que na construçao
da historia não tivesse inspirado nem na forma como a historia
consegue balançar os seus pontos e muito mais na pouca força das
personagens.
Na realizaçao já vi
Cameron Crowe ser mais artistico menos simplista, aqui parece não
querer trabalhar esta componente algo preguiçosa e qualquer filme de
amor da materia para isto. Nao se tem encontrado e tambem não foi
neste filme que o conseguiu fazer.
No cast poucos
conseguiriam juntar um cast tao apelativo do ponto de vista de
comedia romantica. Cooper funciona bem neste prisma no seu lado
descontraido bem mais convincente do que o lado dramatico. Ao seu
lado Stone brilha no seu papel habitual desenhado para si, sem grande
dose de dificuldade. Mcadams tem piloto automatico no seu registo
mais forte. Murray demasiado excentrico para vilao, a sua persoangem
simplesmente não funciona. Krasinsky tem a melhor personagem mas o
filme exigia quem sabe um actor mais expressivo
O melhor – A
personagem Wood
O pior – Da mente de
Jerry Mcguire sobrar apenas uma ou outra frase
Avaliação - C
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