Thursday, August 13, 2015

Aloha

Cameron Crowe e daqueles realizadores que depois de um inicio de carreira fulgurante que o tornou num dos melhores argumentistas\realizadores de filmes de amor, tem tido dificuldade nos ultimos anos de realcançar o sucesso passado, pese embora as tentativas já tenham sido muitas. Para este ano surgiu mais uma comedia romantica situada no Havai e com um elenco de luxo. Contudo os resultados ainda foram piores em todos os aspetos do que os seus mais recentes floops, um autentico boom negativo em termos comerciais e criticamente tambem longe das recepçoes positivas que marcaram o inicio de carreira do realizador.
E facil gostar do cinema de Crowe, pela forma como ele transforma em palavras bonitas e metaforas qualquer relaçao, como consegue dar impacto ao amor entre as suas personagens e isso esta presente neste Aloah. Mas o que falha neste filme é tudo o resto, principalmente comparando com outros filmes do realizador. O que falha e o filme nunca se levar a serio, nunca querer abordar com profundidade qualquer conflito ou qualquer parcela do filme que não seja as relaçoes, e num filme tao contextual isso e claramente um grande defeito.
E porque é que isso e defeito porque o cerne da questão chega ao fim sem ser explicado sem nunca termos uma noçao dos objectivos de cada personagem de onde vêm e de onde vão, porque estas sao limitados como nunca o foram num filme de Crowe. Ou seja pouco nos importa a decisao final porque as personagens sao simples quase novelescas e o filme tem muitos poucos elementos que o diferenciem de uma comedia serie B.
O melhor ponto do filme vai para a forma como a personagem de Wood é inserida em todo o filme, acaba por ser o unico ponto creativo que o filme trás consigo e funciona porque no silencio acaba por ser a persoangem mais madura aquela que o ponto de vista mais facilmente e compreendido pelo espetador e aquela que merecia quem sabe um final mais epico. Alias nenhuma personagem tem um final intenso algo que pelo menos se exigia tento em conta a força que o amor assume em todo o filme.
A historia fala de um ex militar que regressa a terra natal para fazer acessoria para um milionario que quer lançar um satelite pelo Havai de forma a controlar o pacifico. Neste regresso a casa interage com o amor da sua vida e cria uma relaçao proxima com uma pessoa que tem como missao tomar conta de si.
O argumento tem algumas das virtudes de Cameron Crowe a forma como o mesmo tranforma dialogos simples metaforicos em poesia amorosa, já o fez em filmes anteriores e este filme tambem tem esta sua vertente. Pena e que na construçao da historia não tivesse inspirado nem na forma como a historia consegue balançar os seus pontos e muito mais na pouca força das personagens.
Na realizaçao já vi Cameron Crowe ser mais artistico menos simplista, aqui parece não querer trabalhar esta componente algo preguiçosa e qualquer filme de amor da materia para isto. Nao se tem encontrado e tambem não foi neste filme que o conseguiu fazer.
No cast poucos conseguiriam juntar um cast tao apelativo do ponto de vista de comedia romantica. Cooper funciona bem neste prisma no seu lado descontraido bem mais convincente do que o lado dramatico. Ao seu lado Stone brilha no seu papel habitual desenhado para si, sem grande dose de dificuldade. Mcadams tem piloto automatico no seu registo mais forte. Murray demasiado excentrico para vilao, a sua persoangem simplesmente não funciona. Krasinsky tem a melhor personagem mas o filme exigia quem sabe um actor mais expressivo

O melhor – A personagem Wood

O pior – Da mente de Jerry Mcguire sobrar apenas uma ou outra frase


Avaliação - C

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