Se há dez anos atrás
nos vaticinassem quem a dupla de realizadores Shari Berman e Robert
Pulcini estariam no exacto plano que estavam naquele momento poucos
iriam acreditar principalmente depois do sucesso critico de American
Splendor. O certo é que nunca mais os realizadores voltaram a
repetir tal sucesso critico apostando os seus filmes em festivais
indies como Sundance sem grande sucesso, pese embora este filme tenha
sido bem recebido mas sem a efusividade necessaria para o fazer
resultar.
Este e daqueles filmes
de segundo plano que muitas vezes tem o objectivo implicito de alguns
actores de darem o salto para a maioridade no cinema, um passo sempre
complicado para pequenas estrelas. Aqui temos dois, e logo os
protagonistas em papeis adolescentes mas num filme que lhe dá uma
vertente mais adulto. E um filme obviamente pouco comercial, ruidoso
nas personagens e no contexto da mesma, um filme que em termos
emocionais vai do menos ao mais e isso torna-o mais funcional na
mensagem que quer passar.
Mas existe alguns
aspectos pouco funcionais a relaçao entre a personagem central e o
pai que poderia ter mais destaque em termos de conflito no filme
acaba por nunca ter qualquer destaque sendo quase como se nada
tivesse ocorrido. A personagem secundaria de Hirch e aquela que mais
ruido tras sem nunca percebermos bem a sua real genese. O que torna o
filme algo confuso e pouco objectivo predicados que tinham de estar
presente em autores com tanta experiencia.
No final sai uma
experiencia de filma que se vê, que se remem um ou outro aspecto mas
que não nos agrada, e daqueles filmes que não e facil de gostar
porque não tem nunca o objectivo de seduzir de dar algo
particularmente diferenciador ao espetador e normalmente este tipo de
cinema resulta na indiferença da maioria.
O filme fala de um
jovem que apos a morte do seu melhor amigo, acaba por ir residir para
Nova Iorque com o seu progenitor a namorada deste e uma filha desta
precisamente a pessoa que o acompanhou a si e ao seu amigo na noite
da morte do mesmo. Nesta viagem conhece ainda o irmao de tal amigo,
que e vocalista de um banda rock.
Os ingredientes
dramaticos e musicais ate podiam estar no filme como estão mas o
argumento nunca os consegue arrumar sem dar uma visao confusa. Aqui
parece-nos que mais do que a historia não ter qualidade esta nunca e
bem organizada resultado numa mixordia que não retira o potencial
das qualidades do filme no seu argumento.
Na realizaçao se
existe dupla que tão bem começou e que com o tempo deixou de
procurar qualquer brilho ou assinatura propria e esta. Observamos
este filme como se fosse de qualquer estreante sem cunho, sem risco,
limitando-se ao estilo independente tão em voga.
No cast Butterfield tem
contra si na passagem para adulto o facto de ser ainda um jovem com
aspeto de criança o que não da credibilidade ao lado mais rebelde
que o filme pede, dai que esta passagem no seu caso seja mais
complicada e este filme não a concretize. Melhor servida vai estanto
Stanfield talvez porque seja melhor actriz ou tenha mais recursos
interpretativos neste filme assume já estar num nivel diferente e
preparada para papeis adultos mais complicados. Nos secundarios
apenas o suporte que alguns nomes dao aos jovens as estrelas do
filme.
O melhor – O lado
dramatico inicial
O pior – A trapalhada
e ruido exagerado do restante filme
Avaliação - C
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