Friday, February 29, 2008

Be Kind Rewind




O realizador frances Gondry, tem nos ultimos anos conquistado o seu espaço muito a custa de argumentos extremamente complexos, creativos e elaborados, centrados na mente humana, que tem conduzido a filmes reconhecidos e que seja ja um dos nomes respeitados do cinema. E passado diversos anos de Human Nature, a comedia escrita por Charlie Kaufman, eis que agora por si so, regressa a um terreno com um curioso Be Kind Rewind, que apesar de ter condimentos para ser um flme comercial, nao tenta enganar o publico com trailers facciosos e opta por assumir-se como um filme de autor apostado numa melhor recepçao critica do que propriamente por uma carreira comercial estoneteante. E neste particular os resultados foram obtidos com criticas na generalidade positivas e uma campanha comercial quase inexpressiva.

Se depois de vermos o trailer esperamos uma comedia tipica do Jack Black, vamos ficar um pouco desiludidos com o filme, esta la toda a capacidade humoristica do actor e verdade, mas e um filme sobre cinema, sobre a magia do cinema nas pessoas, num filme que resulta muito mais na sua complexidade dramatica, onde e maduro, interessante, sentimentalista. AO contrario da sua vertente comica, no ridiculo das situaçoes cinematograficas estupidamente recriadas pelas personagens soltamos algumas gargalhadas, mas nunca encontramos no filme uma comedia no verdadeiro sentido.

Mas começa desde logo a ser obvio na forma como o filme vai perdendo estas sequencias em deterimento de situaçoes mais profundas que o filme rapidamente demonstra ter mais complexidade do que propriamente uma comedia de gargalhada facil.

A historia demosntra a creatividade habitual de Gondry, dois jovens depois da explosao electromagnetica de um, apaga todas as gravaçoes de um clube de video, na falta do dono, os jovens tentam contornar este aspecto regravando as suas versoens do filme, que rapidamente se torna o sucesso de todos. Para quem gosta de cinema e um filme por si so interessante, mas torna-o o mesmo tempo uma obra com maturidade, sobre as mais puras sensaçoes relacionadas com o cinema.

O argumento e normalmente o ponto mais forte dos filmes de Gondry, e neste filme ele repete, com um ponto de base criativo, o filme desenrola-se sempre com uma densidade emocional muito forte, apesar de alguma linearidade das persoangens centrais, os seus motivos sao sempre fortes. Talvez exista algum desleixe na construçao da personagem de Black, mais adaptada ao actor do que propriamente ao filme, sendo o seu histerismo por vezes desencontrado do proprio filme.

A realizaçao de Gondry, permite-lhe com as sequencias recriadas ir ao amadorismo de camara que todos os realizadores gostam, embora longe do brilhantismo que conseguiu em desperar da mente, oferece-nos aqui um filme mais basico nas componentes de realizaçao menos arriscado, mas mesmo assim conseguido neste segmento.

O cast talvez seja o defeito a priori do filme, uma obra com def e Black, tera sempre dificuldades em ser levada a seria, e se o rapper, ate consegue estar bastante bem no filme, com uma personagem forte e bem interpretada, com a sua inocencia, que demonstra uma maturaçao como actor, ja black, continua na constante repetiçao de tiques histerionicos, que tornam as suas personagens repetitivas, e que na minha opiniao encontra-se desencontrada da maturidade que o filme acaba por assumir.


O melhor - A homenagem ao cinema em casa.


O pior - Os tiques exagerados de Black


Avaliação - B

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