Monday, February 11, 2008

Margot at the Wedding




Nicole Kidman à uns tempos para cá tem se deliciado com pequenos filmes de autores pequenos, em busca quem sabe do prazer natural de representar ou a procura quem sabe de uma admiração mais forte por parte de uma critica atenta aos pequenos filmes da actriz. Contudo nos ultimos tempos estes pequenos filmes, tem sido isso mesmo, pequenos sem dimensao, muitas vezes esquecidos por critica e publico, que a obriga a ter de efectuar aparições em Blockbusters. Este ano tentou a sorte no familiar Margot at The Wedding, mas mais uma vez, a semelhança do que sucedera o ano passado com FUR, o filme falhou ambos objectivos, nem foi um objecto independentente apreciado pelo publico, e naturalmente isto fecou as portas a uma boa campanha de markting.

Margot at the Wedding,e o tipico filme independente, circunscrito a um espaço limitado, centrado nos conflitos internos das personagens que se extriorizam nas relaçoes com os outros, com personagens complexas a niveis de sentimenos e mesmo de personalidade circunscritas a um espaço reduzido aumentando a possibilidade de disputas. E ao mesmo um tempo um filme de familia que busca as relações mais fortes que unem esses laços. è um filme interessante que contudo nao consegue transmitir um prazer visual muito intenso, nem uma narrativa moralmente profunda. E um filme de descoberta pessoal das personagens, por vezes monotono, que so é desfeito com algumas tiradas mais fortes do filme. Na parte final o filme perde alguma direcçao na subita transformaçao em on road movie, que nada encaixa com a familieridade dos primeiros segmentos.

O filme conta a historia de Margot que regressa ao local da sua infancia para o casamento da irma, mas tambem em missao profissional, ela e uma bem sucedida escritora, em contacto com os desconhecidos familiares. Mas a complexidade de Margot e o seu egocentrismo cria alguns conflitos com todos que a rodeiam,sendo o filme um misto de criar e resolver esses conflitos que sao sempre mais encobertos do que propriamente directos.

O filme e um pouco subliminar na forma como aborda os seus conteudos, e isso tira alguma da potencia que ele poderia traduzir.

O argumento e maduro, forte nas dimensoes pessoais, e acente em personagens complexas que permitem um aproveitamento interessante da narrativa, contudo como a maioria dos filmes independentes perde na força e no ritmo que adquire, que deixa a narrativa muitas vezes adormecer ou entao a deriva, sendo este aspecto muito notorio na parte final do filme.

A realização é discreta, nao traduz a beleza e o potencial que o filme parece ter, numa realizaçao triste sem cor, algo depressiva, encaixa na toada do filme, mas talvez um lhar mais solto e humoristico, ficaria melhor num filme, com dois sentidos narrativos, que nunca entram em contraste, para nosso mal.

O cast, Kidman e Leigh sao duas das actrizes mais conceituadas da actualidade, quer por realizadores, quer pela critica, e encaixam na perfeiçao nos papeis embora nenhum deles permita grandes rasgos, talvez o de Leigh a espaços consiga momentos fortes, mas na generalidade nao passao do razoavel. Contudo Black encontra-se talves ao seu melhor nivel, embora nao se esqueça do seu horrivel overacting nas sequencias de demonstraçao de frustração.



O melhor - Os conflitos da primeiros hora de filme.


O Pior - A transformaçao final do filme, num on road movie...


Avaliação - C+

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