E conhecida a tradição de Branagh pelo teatro, a sua forma de filmar e muito semelhante aquilo que é habitual utilizarem numa peçade grande palco. Com este Sleuth vai ainda mais longe neste ambiente, dimensionando todo o filme ao confronto entre duas personagens, confinadas a uma casa em dois actos diferentes, com um jogo de luz proprio neste tipo de peças. Sleuth e talvez um dos filmes mais teatrais que á memoria. Talvez por isso, ou pela simplicidade extrema do filme, o seu mediatismo foi minimo, com resultados algo frustrantes de bilheteira onde nunca se chegou a expandir para wide, e por uma critica insensivel a um filme tão initimo.
O filme é acima de tudo um arrojado e bem conseguido exercicio de imagem, principalmente destacado pelo espaço habitacional onde as personagens interagem, toto o contexto e fulcral na beleza que o filme assume, tendo o aspecto estetico do filme primazia pela sua envolvencia narrativa.
Alias o filme e de tal forma pegado a um ambiente teatral que a forma de actuar dos actores e de tal forma expressiva que fazem o filme respirar, num ambiente totalmente creativo, alias os primeiros segmentos do filme, mais concretamente o primeiro acto e um excelente exercicio cinematografico, bem representado, bem escrito com ritmo com dialogos muito bem articulados, contudo com a entrada em cena do segundo quase que esse espirito perde-se a objectividade e substituida por um sentimentalismo e ambiguidade exagerada que afasta o espectador do filme, e o leva algo lentamente para um final extremamente esperado, parecendo que a formula tinha-se gasto por total na primeira metade do filme. Contudo de referir que o filme e coeso em todos os pontos de vista, e esta separaçao nunca soa como fragmentaçao do filme.
A historia aponta para a negociaçao de um amante com o ex marido, contudo de referir que a componente femenina so apenas se encontra em espirito, ja que nunca se apresenta fisicamente no filme, sendo depois a disputa entre diferentes tipos de personagens mas com extremos desvaneios.
O argumento e simplista, e a produção do filme e mais arrojada do que o proprio guiao, contudo na primeira parte e de sublinhar a excelencia dos dialogos que permite uma construçao bem conseguida das personagens, contudo a forma algo forçada com que o segundo momento se realiza desconstroi a força das mesmas, tornando-as com uma ambiguidade contra producente.
Branagah e talvem muito melhor realizador do que propriamente actor e neste filme tem um exercicio quase de encenação brilhante a todos os niveis as suas escolhas e opçoes tornam tudo mais facil, e conferem um carater estetico muito forte ao filme, principalmente na forma como que a luminosidade se torna protagonista do filme.
O cast limitado a um confronto permanente entre dois britanicos Law e Caine, contudo no filme ressalta sempre mais a matuiridade de caine do que a excentricidade de Law, que apesar de nos parecer ter todos os condimentos para se tornar um actor sem limites nao se encontra neste filme ao seu melhor nivel, ao contrario de caine
O melhor - O jogo de luz
O Pior - A ambiguidade do segundo e ultimo acto
Avaliação - B-
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