Friday, February 08, 2008

Virgin Territory




Por vezes nao conseguimos perceber como filmes que conseguem ter algum mediatismo durante toda a sua produção acabam directamente para video como objectos esquecidos, independentemente do mediatismo dos seus actores, ou mesmo do intresse do publico no mesmo. O ano passado aconteceu com Edison, este ano foi este Virgin Territory que marca a entrada da estrela Mischa Barton no mundo do cinema, contudo as pessimas criticas a este filme poderão ter ditado tão desastroso futuro de um realizador que permanece incapaz de se lançar de forma directa num mercado cada vez mais dificil.

Virgin territory perde acima de tudo por ser um filme indeciso, por um lado tem os tiques MTV, de uma comedia de epoca para adolescentes, com um humor barato nem sempre bem conseguido, e por outro lado quer ter uma vertente mais tradicionalista apostando no culto de actores como Tim Roth, o certo e que a mistura quase nunca funciona e torna mesmo o filme com uma qualidade muito dificil de descrever, devido a monotonia dos seus pequenos espaços e acima de tudo pela falta de qualquer tipo de interesse que o filme quase nunca consegue ter.

Não e mais que um conjunto de intenções, tenta ser comico, nao consegue as sequencias são encaixadas de uma forma pouco convencional. Tenta ser provocante, mas aqui talvez resulte mais como humor, nao consegue ser sensual as sequencias mais provocantes acabam por cais rapidamente num ridiculo. tenta ser intenso e com ritmo, mas ja tarde demais porque a maioria dos espectadores ja se descolou do filme e apenas espera que ele termine.

A histora é um misto da ideologia angelical de uma serie de personagens, um don juan, uma dama prometida e um tirano, ou seja o tipico de uma obra romantica de epoca, com muito amor a mistura e muita pouca qualidade na articulaçao da historia.

O argumento e mal construido nao consegue assumir a sua essencia sendo perdido, sem ligação na maioria dos seus minutos. as personagens demasiado lineares e esteriotipadas nunca conseguem dar aquilo que o filme precisa, numa obra que perde acima de tudo num argumento com extremas limitações.

Leland e um realizador de culto do video club, faz filmes normalmente com um conceito mais indie, com excelentos elencos mas nunca consegue aproveitar a sua dinamica comercial, neste filme parece obviamente o contrario, apostado num espirito mais publicitario, contudo com os mesmos resultados, como realizador demonstra aspectos interessantes mas que custam a enraizar num cinema mais mediatico.

O cast a aposta nos criticamente vulneraveis Barton e Christiansen, era pronuncio da recusa critica, ja que ambos sao mais conhecidos pelos seus dotes fisicos do que propriamente por serem mestres a representar neste filme, estas dificuldades sao evidentes, mas Leland tentava contornar com a qualidade e reconhecimento de Roth para embalar o filme para uma boa qualidade interpretativa, contudo foi este que acabou embalado pela falta de qualidade dos companheiros de set.


O melhor - Apesar das limitações e facil ter quimica com Barton .


O Pior - O filme nunca conseguir cumprir as suas intenções


avaliação - D

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