Saturday, March 01, 2008

Youth Without Youth




Depois de um interregno de dez anos, surge de novo, o esperado regresso de Francis Ford Coppola, com um ano de muitas expectativas, relativamente a um filme que criou muitas expectativas pela complexidade desde logo demonstrada no seu trailler, as apostas foram muitas, as ambiçoes elevadas, contudo logo nos primeiros screeners se concluiu que o filme era demasiado complexo para a maioria do publico e com uma excentricidade elevada, e que nao seria um filme assim tão perfeito quanto isso. Os resultados foram desastrosos a todos os niveis, por um lado nas bilheteiras onde o filme nunca se expandiu, e acima de tudo critico onde as criticas divergiram apesar de maioritariamente negativas.

A primeira ideia que saimos do filme, é Coppola precisava de tanta metafisica num filme de regresso, precisava de surpreender tanto, de explorar tantos campos e de nos dar uma das obras mais complexas e dificeis de absorver da historia do cinema? A resposta tem que ser não, a tentativa de artilhar tanto a obra, com metaforas, conjugaçoes segundo sentidos, torna o filme demasiado complexo, longe do espectador, confuso, e desliga a determinado ponto o espectador.

Contudo tem uma grande virtude, ninguem fica indiferente ao filme, ninguem pode dizer que o filme nao lhe faz reflectir, tem um principio e o pontos de desenvolvimento extramemente interessantes, tendo uma boa beleza narrativa e fotografica. E uma grande obra, mas a obsess

ao do realizador por fazer um marco tira-lhe o controlo de um filme que acaba por nao resultar na sua plenitude.

A historia é uma conjugação de uma historia de amor, historica, e acima de tudo com muito toque de metafisica. Um velho estudante de linguistica, e atingido pelo um raio, que faz com que fique mais novo e ao mesmo tempo nao envelhece. neste espaço tenta encontrar as diferentes formas do seu grande amor, ao mesmo tempo que tenta encontrar a origem da linguagem. Uma construçao que nos terrenos mais realistas e conseguido, mas na exploraçao de tematicas metafisicas torna-se extremamente complexo e longe da facilidade de absorçao.

O argumento e o grande calcanhar do filme, demasiado complicado, quer na construçao de personagens que de tao complexas nunca sao devidamente caracterizadas, ate na exploraçao de tematicas, nunca consegue efectuar os caminhos mais aceitaveis. Uma argumento totalmente dominado pela ansiedade de ser unico e magnifico, mas que nao consegue ultrapassar a barreira da mediocridade.

A realização de coppola demonstra ainda o brilhantismo que o tornou um dos maiores realizadores da historia, contudo com este tipo de argumento, pode tornar ainda mais ambicioso um projecto egocentrico, que rapidamente poderia cair num fiasco e assombrar este regresso, nada condizente com a qualidade do realizador.

O cast, Coppola tentou fugir das grandes estrelas de Hollywood piscando o olho a um dos actores mais amados da critica, é certo que Tim roth e uma aposta infalivel, tem qualidades interpretativas de top, e neste filme encontra-se ao seu melhor nivel, contudo na parte final todo o filme e absorvido pela belissima e excelente actriz Maria Lara, dada a conhecer no filme alemao Der unterag, a actriz toma conta totalmente do filme, e aqui parece-nos que a academia nao deveria ter ignorado esta interpretaçao. Tambem e engraçado ver Ganz depois de ter encarnado Hitler no mesmo filme alemao numa prestaçao completamente diferente. num cast conseguido.


O melhor: Alexandra Maria Lara.


O pior - O tentar o magnifico pode resultar no mediano


Avaliação - C+

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