Tuesday, February 26, 2008

Charlie Barlett




cada vez mais temos assistidos a comedias de personagem, ou seja comedias baseadas num dia a dia de uma personagem complexa, e das suas aventuras relacionais. Este genero tem oferecido alguns dos titulos mais interessantes dos ultimos tempos, num misto de creatividade com proximidade do publico. Este ano este Charlie Barlett e mais uma incursão neste particular genero. Contudo nem sempre o sucesso e a formula, dai que este filma para alem de não recebido uma recpçao muito calorosa por parte da critica, tocou no extremo negativo comercial com resultados residuais que o condenam logo para algum esquecimento futuro.

Charlie Barlett e daquelas comedias inteligentes que a certo ponto cai no romantismo das comedias mais vulgares, nao conseguindo atingir os objectivos de um cinema independente tipificado na formula mas que esvanece no conteudo. O filme e interessante creativo na forma como e montado, na riqueza da caracterizaçao inicial das personagens, mas perde com o sentimentalismo e com a romanticidade da forma como o guiao evolui.

Este filme sofre de um paradoxo, o facto de nos dar uma personagem esquizoide, mas que rapidamente encontra-se no maior dos esteriotipos dos "good boys" dos filmes-

A historia fala-nos sobre as aventuras de Charlie Barlett o estranho rapaz de uma estranha familia, que apos expulsao de um colegio particular tem de se aventurar numa escola publica muito peculiar.

Os fundamentos comicos alternam entre um humor mais fisico e basico, com linhas de alguma profundidade humoristica, que funcionam bem, nao e um filme de descontrolo, mas sim de ponderação.

O argumento acaba por ser o que o filme tem de melhor e pior, acerta na forma como constroi o filme, na forma como as personagens sao inseridas, na forma como vai desenvolvendo as relações, contudo na parte final o caminho acaba por ser o mais facil, tornando uma base madura num filme algo precoce nos atalhos narrativos, mesmo assim deixa boas sensaçoes para o futuro.

A realizaçao e muito colado ao habitual dos filmes independentes de estudio, planos curtos, muito absorvidas nas personagens sem deslumbrar serve na perfeiçao o intuito do filme.

No cast o brilho vai para os secundarios de luxo, um filme como Hoppe Davies, E Downey Jr, demonstra logo a profundidade de um filme, ja que estes actores costumam ser exigentes nas suas personagens, aqui fica a ganhar Hoppe ja que encontra uma personagem com mais espaço devido a sua maior complexidade. O protagonista, tem uma prestação electrizante, e certo que cai por diversas vezes no exagero, mas muitas vezes consegue ser convincento num papel arduo, tem contra si a pessima interpretação vocal, mesmo assim e importante estar atento ao seu desenvolvimento.


o melhor - A relaçao mae-filho


O pior - No final ser demasiado romantico


Avaliação - C+

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