Saturday, September 17, 2022

Marcel The Shell With Shoes On

 Lançado em 2021 mas com maior expansão neste 2022, este mix de animação e live action muito concetual transformou-se numa das perolas criticas do ano, pela sua originalidade e intimidade. E um daqueles filmes que foi ganhando dimensão no passa a palavra, mas alavancado por uma receção critica de excelência que já o levou a alguns premios, e levantou a questão se poderá concorrer ao oscar de melhor animaçao em face do seu caracter algo misturado. Comercialmente não sendo um claro filme com muitos objetivos neste ponto de vista foi ganhando o seu espaço e resultados normais em face de um filme claramente concetual.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme sobre pequenas coisas, o primeiro elemento que nos salta à vista, para alem do estranho de todo o conceito e a riqueza da produçao, os detalhes de cada momento de um projeto que durou mais de sete anos a ver a luz do dia. Nisso parece que o filme é detalhado para impressionar, ao mesmo tempo que narrativamente tenta acima de tudo ser carinhoso e ligar a personagem da concha ao espetador que é conseguido.

Um dos problemas do filme e que o seu estilo em monologo, com uma Jenny Slater a dar uma voz estranhissima mas que encaixa na personagem, acaba por saturar, e a hora e vinte que o filme tem acaba por se tornar algo lenta, algo grande demais, num estilo de filme que vai ganhando força com as curiosidades e com a sua riqueza emotiva mas que inevitavelmente acaba por adormecer muitas vezes e quando isso acontece o filme fica sem ritmo.

Mesmo assim um projeto original, com uma ideia de base arriscada que o excelente trabalho produtivo permitiu resultar numa longa metragem intimista, simples do ponto de vista emocional, com uma boa mensagem. Podera o ritimo demasiado baixo e o a lentidão de processos o tornar algo dificil de ver mesmo com uma duração pequena, mas isso não deixa de valorizar o trabalho do que nos e exibido, acima de tudo um projeto diferenciado.

A historia fala de uma concha que junto com a sua tia e um cão vivem num airbnb onde vao partilhando historias com diferentes pessoas, até que surge um jovem cineasta que leva a cabo a realização de um documentário sobre a forma de viver da concha.

Em termos de argumento e um filme de processos básicos, com alguns valores morais muito empragnados que o filme os quer tornar muito vincados. Na historia as coisas são simples, para alem de uma ideia totalmente diferenciada que sustenta o lado original do filme. Narrativamente tudo e mais simples.

Na realização e idealização do projeto Fleischer Camp tem um projeto de uma vida, depois do sucesso da curta. Um realizador com muito sucesso no lado mais independente do cinema que tem este como o seu projeto maior e mais visivel, e que aqui demonstra a sua capacidade de trabalho e criatividade num filme do ponto de vista de idealização brilhante.

No cast temos as despesas todas nas vozes de Slate e Rosselini, onde a primeira encaixa perfeitamente a voz na concha embora o seu caracter muito individualizado e presente ao longo do filme possa cansar. Rosselini tem menos tempo e dai mais eficacia.


O melhor - A originalidade e a forma impressionante do detalhe do filme.


O pior - O ritmo muito baixo


Avaliação - B-



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