Monday, February 02, 2015

Wild

O ano passado o mundo do cinema ficou a conhecer de perto um realizador Jean Marc Valle principalmente depois do sucesso do seu Clube de Dalas que acabou por dar dois oscares aos seus protagonistas. Este ano o mesmo realizador apostou num estilo de cinema diferente de uma unica personagem e conseguiu mais uma nomeaçao para a sua protagonista bem como conseguiu um reconhecimento critico interessante pese embora desta vez não tenha conseguido a nomeaçao para o Oscar de melhor filme. Em termos comerciais e para o genero de filme em si nao podemos considerar este filme como um floop comercial.
Sobre o filme, podemos dizer que o ponto de partida e interessantissimo, ou seja uma viagem introspectiva de uma personagem com muito para pensar e alterar na sua forma de vida. Este principio e normalmente algo que funciona em cima e principalmente funciona junto da critica mais rigorosa. Sublinha-se contudo que este tipo de filmes não e original, e neste caso as semelhanças com Into the Wild sao mais que muitas pese embora num plano claramente mais objetivo.
Mas pese embora estas semelhanças tirarem algum do impacto do filme, podemos dizer que no mesmo teor o filme e competente na forma como faz um balanço entre o actual e passado nas flash memories da personagem que vao mantendo o filme a um ritmo interessante algo que dificil num filme assim. E tambem interessante a forma como o filme nao se preocupa com o sacrificio fisico da personagem embora o aborde, porque mais que isso o filme e sobre o lado psiquico e nesse parametro o inicio do filme e brilhante, no que diz respeito aos primeiros metros do trajeto.
Por este mesmo meio podemos dizer que nao estando perante uma obra prima do cinema, estamos perante um bom filme, muito potenciado pela excelente interpretação da sua protagonista, e num mundo onde normalmente o poder de reflectir e curto nas pessoas este filme consegue denotar isso mesmo com grande impacto.
A historia fala de uma mulher no limite da sua vida apos a morte da sua mãe, consumo de drogas, destruiçao do casamento que resolve fazer o trilho do pacifico de forma a reorientar a sua vida, fazendo um balanço do passado que podem sustentar as escolhas do futuro.
O argumento e interessante, num contexto dificil de conjugar o passado com o presente a forma como o filme se concretiza e tipo puzzle, ou seja unindo peças aos poucos de uma forma bem conjugada. Nao sendo um posso de originalidade ja o dissemos que nao e, com influencias muito proxima e um argumento maduro e emocionalmente forte, sem grandes dialogos contudo.
Valle e um realizador em crescimento e um dos que mais acertou nos ultimos anos, aqui tem uma realizaçao mais vincada do que o seu filme anterior, com mais risco, mesmo assim ele parece querer deixar os seus actores brilharem e aqui mais uma vez fica em segundo plano.
Reese Witherspoon ja venceu um oscar num filme menos exigente e menos brilhante que este, é certo que neste ano nao saira vencedora, mas o seu papel só nao e o mais forte do ano porque Pike e absolutamente asfixiante em Gone Girl, mas tem aqui o mais exigente, forte e intenso papel da sua carreira, Dern parece mais carisma do que dificuldade parecendo a nomeaçao claramente exagerada.

O melhor - Witherspoon penetrante

O pior - Muito igual a Into the Wild

Avaliação - B

No comments: