
Desde logo e importante
sublinhar que o filme e o menos Burtoniano de sempre, dai que os fãs
do realizador, nos quais eu me incluo, possam ficar desiludidos com o
excesso de cor, e expressao emocional do filme. Mas eu acho que é
neste filme que Burton consegue mostrar que mesmo no cinema simples
consegue ir ao maximo, do promenor, mesmo num filme “normal” a
sua alma esta presente mesmo que de forma diferente. E onde podemos
ver Burton, em todos os promenores de cor e cenario que tornam o
filme a cada frame um obra de arte. Na suavidade de temas tão
complicados mas tao importantes como a subjugação das mulheres, e
na forma com que o filme consegue ter um impacto tao grande na
historia de alguem que de imediato se une a nos.
E num registo tao
dificil de funcionar como um biopic ainda mais glorificado deve ser o
trabalho de Burton neste filme, que é um pequeno prazer
cinematografico, bem escrito, moralmente forte, bem produzido e
realizado e magistralmente interpretado não e facil perceber os
defeitos que o colocam, a não ser na forma quase satirica com que o
utltimos minutos do filme do tribunal sao elaborados.
Por isso resta-me
glorificar o regresso do melhor Burton depois de um deprimente Dark
Shadows, num estilo diferente menos artistico mas mais global, mas
que dá-nos sem duvida o melhor biopic do ano.
A historia fala da vida
de Margaret Keane, e a forma como os seus quadros foram assumidos
pelo seu marido, numa total subjugação ao mesmo, de forma em que
observava de longe o sucesso do seu trabalho assumido pela pessoa
mais proxima.
O argumento e
interessante na forma como torna o lado pesado em suave, na forma
como o narrador nos encaminha moralmente pelos preceitos do filme,
pelos dialogos entre as personagens principais, não e prodigo em
novidade mas e para um biopic uma peça de arte aproveitando tudo o
que o filme poderia ter.
Na realizaçao Burton e
um dos maiores cineastas da actualidade e aqui demonstra mais uma vez
que o é, fugindo do seu estilo regressando ao lado claro dos seus
filmes que já tinha mostrado na sua obra prima Big Fish, tem um
estilo mais simples mas sem perder pitada de qualquer promenor.
Espera-se que este estilo continue pois parece-me que com o tempo
sera o caminho para a unanimidade.
O filme não exige
grandes interpretações mas elas surgem, Adams com a eficiencia que
nos da filme apos filmes em personagens tao diferentes, mostra bem
ser uma das actrizes mais multifacetadas da actualidade mas a melhor
interpretação vai para Waltz, dentro do lado hiperactivo que tao
bem sabe ser e de dialogos longos preenche o ecra num lado comico
vilao que so ele sabe dar.
O melhor – O biopic
pode ser artistico
O pior – E o menos
Burton de Burton
Avaliação - A-
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