Sunday, February 01, 2015

Big Eyes

Quando Tim Burton anunciou este filme, e percebeu-se o seu regresso aos Biopic e sem Johnny Deep, todos perceberam que seria um Burton diferente que assumiria este filme, dai que este filme fosse um dos perfilados para os Oscares. Contudo a carreira de premios não foi famosa principalmente porque a critica não morreu de amores pelo filme que comercialmente tambem esteve longe do que Burton já conseguiu.
Desde logo e importante sublinhar que o filme e o menos Burtoniano de sempre, dai que os fãs do realizador, nos quais eu me incluo, possam ficar desiludidos com o excesso de cor, e expressao emocional do filme. Mas eu acho que é neste filme que Burton consegue mostrar que mesmo no cinema simples consegue ir ao maximo, do promenor, mesmo num filme “normal” a sua alma esta presente mesmo que de forma diferente. E onde podemos ver Burton, em todos os promenores de cor e cenario que tornam o filme a cada frame um obra de arte. Na suavidade de temas tão complicados mas tao importantes como a subjugação das mulheres, e na forma com que o filme consegue ter um impacto tao grande na historia de alguem que de imediato se une a nos.
E num registo tao dificil de funcionar como um biopic ainda mais glorificado deve ser o trabalho de Burton neste filme, que é um pequeno prazer cinematografico, bem escrito, moralmente forte, bem produzido e realizado e magistralmente interpretado não e facil perceber os defeitos que o colocam, a não ser na forma quase satirica com que o utltimos minutos do filme do tribunal sao elaborados.
Por isso resta-me glorificar o regresso do melhor Burton depois de um deprimente Dark Shadows, num estilo diferente menos artistico mas mais global, mas que dá-nos sem duvida o melhor biopic do ano.
A historia fala da vida de Margaret Keane, e a forma como os seus quadros foram assumidos pelo seu marido, numa total subjugação ao mesmo, de forma em que observava de longe o sucesso do seu trabalho assumido pela pessoa mais proxima.
O argumento e interessante na forma como torna o lado pesado em suave, na forma como o narrador nos encaminha moralmente pelos preceitos do filme, pelos dialogos entre as personagens principais, não e prodigo em novidade mas e para um biopic uma peça de arte aproveitando tudo o que o filme poderia ter.
Na realizaçao Burton e um dos maiores cineastas da actualidade e aqui demonstra mais uma vez que o é, fugindo do seu estilo regressando ao lado claro dos seus filmes que já tinha mostrado na sua obra prima Big Fish, tem um estilo mais simples mas sem perder pitada de qualquer promenor. Espera-se que este estilo continue pois parece-me que com o tempo sera o caminho para a unanimidade.
O filme não exige grandes interpretações mas elas surgem, Adams com a eficiencia que nos da filme apos filmes em personagens tao diferentes, mostra bem ser uma das actrizes mais multifacetadas da actualidade mas a melhor interpretação vai para Waltz, dentro do lado hiperactivo que tao bem sabe ser e de dialogos longos preenche o ecra num lado comico vilao que so ele sabe dar.

O melhor – O biopic pode ser artistico

O pior – E o menos Burton de Burton


Avaliação - A-

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