Wednesday, December 05, 2007

The Mist




Hollywood nem sempre demonstra gratidão por aqueles que lhe dão grandes filmes, so assim se percebe a pre campanha negativa perante este novo filme de Dabaront, apenas com a visualisação de um trailler, esquecendo-se por completo as grandes adaptaçoes que o realizador ja tinha efectuado com as obras deste autor, e tendo na memoria apenas um filme com insectos gigantes com thomas Jane, enfim, o caos. Os primeiros criticos ainda foram por esta campanha anunciando um autentico desastre de filme contudo com a expansao do filme, comçou a existir criticas mais valorativas ate que conseguiu um respeito mais ou menos generalista à sua volta, e que nos leva a pensar que com outro tipo de campanha o reconhecimento ainda teria sido maior, a unica coisa que nao conseguiu reverter foi a campanha modesta comercial, muito aquem de resultados minimamente agradaveis.

Desde logo podemos definir o filme de acordo com a campanha critica que efectuou, começa algo deprimente com tiques tipicos de filmes de acçao de segunda, com uma introduçao muito debil ao ponto da caracterizaçao de personagens e das relaçoes contudo com o evoluir o filme vai crescendo acabando por nos fornecer uma das ultimas meia horas mais surpreendentes do ultimo ano cinematografico.

E um filme algo hipocrita, demonstra ser uma coisa, e acaba por ser outra, que se vai alterando sem nunca ter consciencia o espectador que o filme esta em mutaçao a cada minuto que passa. E a cada minuto que passa mais o filme se transforma num drama sentimentalista, com o intuito de causar reflexao sobre as crenças e sobre os limites emotivos do ser humano. O filme que inicialmente é muito dificil de seguir principalmente pela falta de logica e consecução das cenas, e ja no final um filme adulto que se debruça do ponto de vista metaforico nas verdadeiras questoes da existencia humana, com um final epico a todos os niveis.

O filme nao se improta muito em cair no ridiculo, acaba em certos pontos por ser mesmo primario neste aspecto, mas este acaba por compensar e passar para segundo plano ja que toda a tendencia do filme esta no argumento.

O argumento e o verdadeiro misterio no filme, começa com um nivel quase miseravel que nos leva a questionar a sanidade mental e a razao do filme, em todos os niveis como caracterizaçao da personagem e relaçoes, mas acaba ao melhor nivel de Dabaront, o filme assume-se torna-se cada vez mais adulto a cada segundo que passa, conseguindo ainda com este inicio ter um impacto mais forte e surpreendente no espectador.

A realizaçao de Dabaront vai no sentido de todo o filme, ou seja oscila de momentos de grande realizaçao com outros de um primarismo quase preocupante, embora nao como na toada gradual do filme, esta oscilação parece nos menos estudada e consequentemente menos valorizada no filme.

Quanto ao cast, talvez aqui e que Dabaront poe em causa o filme, ou seja a escolha de Thomas Jane e uma escolha comprometedora para quem quer que o filme seja levado a serio, quer pela sua carreira quer pelas suas dificuldades de interpretação e neste filme esta dualidade e por de mais notorio. Se principalmente nas dinamicas de acçao ele move-se como quer nos momentos mais dramaticos a queda em overacting e por demais evidente e preocupante. num filme que com outro tipo de cast poderia ter mais ambiçoes.


O melhor - Os twists finais


O pior - Thomas Jane nao tem a dimensao necessaria para o papel


Avaliação - B

1 comment:

Anonymous said...

Fala sério! O filmes se torna pior a cada minuto! Nunca vi um filme tão ruim na minha vida. O final então... pelo amor de Deus!