Monday, December 24, 2007

I'm not there




A pergunta que se pode colocar aqueles que vão visualizar este filme é: Eles estão ai para conseguirem digerir uma obra tão criativa e exprimental como este filme? A resposta é provavelmente não. Se existe personalidade que poderia resultar num filme tao estranho como este, era sem duvida o enigmatico e omnipresente Bob Dylan. O filme inicialmente seria um biopic, e depois passou a dissertação o certo e que sempre criou muita celeuma em sua volta. Contudo a sua marca proprio encontrou dois pontos longe de consenso por um lado o comerical, ja que o filme nao e facil nem capaz de ser um filme para toda a gente, e depois critico a forma quase cinica com que e efectuado e acima de tudo o formato puzzle que adquire nao o tornou unanime, sendo o tipico filme que e amado por muitos e odiado por outra metade.

O primeiro adjectivo que podemos usar para descrever esta obra singular de autor, é dificil, ou seja e um filme extremamente dificil de ingerir, primeiro porque raramente consegue ser objectivo, preferindo dissertar sobre as diversas facetas do musico, sempre trantando a sua individualidade de forma multipla e com multiplas caracterizaçoes, e depois porque o filme entra por uma vertente exprimental, que apenas a contextualizaçoa dos seus objectivos permite simplificar. è obvio que tem vantagens, principalmente na forma artistica com que haynes preenche todo o filme, na forma quase documentario que usa em determinados momentos, e acima de tudo na homenagem extremamente sentida a uma personalidade unica, admirada, mas acima de tudo dificil de entender. Haynes aposta tudo na diferenciaçao das diferenças das diferentes personalidades existentes ao longo da vida de Dylan, escolhendo seis actores, e actrizes completamente diferentes para dar vida as diferentes personalidades do musico, o filme acaba por ser um puzzle com 5 historias diferentes, que apenas tem em comum serem a historia do musico.

O cinismo tipico de Hayns esta presente no argumento a incapacidade de considerar um biopic, de assumir Dylan no filme, é demasiado escondido e mascarado, sendo que a sua presente deveria ser mais notoria e tornar assim o filme mais facil e mais maduro de um ponto de vista de construçao narrativa. Mesmo assim a originalidade na construçao do argumento e por demais evidente, sendo obvio a capacidade imaginaria desta realidade paralela que se chama Dylan.

Se no argumento parece existir arestas por limar na carreira de Hayns, ja no que diz respeito a realizaçao o realizador parece estar no seu estado de maior maturaçao, as imagens sao extremamente fortes, conjugando a beleza musical com uma fotografia de grande qualidade.

Se existe ponto onde a avaliação do filme estava em jogo era nas diferentes prestações dos interpretes de Dylan, e aqui na maioria das partes saiu a ganhar, principalmente com a mais discutivel Blanchet, por uma mulher a desempenhar dylan parecia suicidio o certo e que esta foi aquele que mais se aproximou quer fisicamente quer na construçao da personagem da nossa noçao de Dylan, Tambem Bale e Ledger encontram-se a bom nivel, sendo menos visiveis as interpretaçoes de Winshaw e principalmente de Gere, mesmo assim nao deixa de ser um dos elencos do ano.


O melhor - Blanchet clonar Dylan.


O Pior - Demasiado exprimental para um biopic, mesmo que seja o de Dylan


Avaliação - B-

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