Starring:
Steve Carell, Juliette Binoche, Dane Cook, John Mahoney, Emily Blunt
Directed by:
Peter Hedges
Há algum tempo que Carrel conquistou o seu espaço proprio a nivel de comedia, apesar do seu grande sucesso acabar por ser em filmes onde desempenha papeis mais dramaticos. Sendo ja uma das figuras de proa da comedia norte americana. Neste Dan in Real Life esperava-se uma toada mais sentimentalista e uma comedia menos fisica e mais emocional. O filme apesar de nao ser um blockbuster declarado conseguiu bons resultados ao nivel de bilheteira, mas foi a nivel critico que mais surpreendeu, com criticas bastante positivas, salientando a boa caracterizaçao e definiçao das personagens com o sentimento de amor, colocando-se desde ja como um dos candidatos a estar presente na vertente comedia dos globos de ouro.
O filme é uma historia simples sobre sentimentos puros, e acima de tudo sobre a simplicidade e a vivencia pura destes, e este aspecto e que valoriza o filme, o facto de centrar esforços em fazer um filme sobre o amor, e sobre a densidade familiar, que consegue pro um lado ser um filme sob uma toada emocional forte, quer em sentimentos puros como amizade e companheirismo, bem como na forma que caracteriza o amor, e as suas mais diversas vertentes e estrategias colocadas ao serviço de cada uma das personagens.
Talvez perca por ser um filme algo negativista neste sentimento, por insidir em demasia na parte sofrida no amor, na parte irracional deste, o que lhe tira algum do espirito positivo que o filme poderia ter, contudo esta ganha nos outros pontos principalmente na relaçao da personagem principal com as suas filhas.
A historia aborda a visita familiar de uma familia monoparental constituida por Carell e as suas tres filhas em diferentes faixas etarias e com personalidades todas elas muito vincadas. Nesta visita este apaixona-se pela nova namorada do seu irmao mais proxima.
O filme talvez nao vai mais longe por limites de ambiçoes e isso parece ser um valor muito assumido no filme, que nao tenta ir onde declaradamente sabe que nao consegue ir.
O argumento do filme nao e muito rico, mas e um filme que aproveita todas as suas potencialidades, e um filme que assume como prioridade ser um filme de amor, e consegue defenir como poucos este sentimento e acima de tudo as suas vivencias. As personagens tem todas muita quimica entre si, e o ambiente familiar muito bem recriado.
A realizaçao peca por falta de ambiçao parece nunca conseguir dar o melhor das personagens, apenas se revela na parte final na forma poetica e muito musical com que consegue efectuar jogos de luzes na sequencia final do filme.
Carel nao e um actor de eleiçao as suas defeciencias sao bastante observadas, e acaba por ser o ponto menos potenciado do filme, se por um lado o seu lado algo reservado serve o filme, por outro a sua baixa densidade emocional condiciona vivencias mais fortes quer do ponto de vista amoroso quer na relaçao que deveria ser mais quente com as suas filhas. No restante bom nivel quer para Binoche quer para Cook
O melhor - O romantismo puro do filme
O Pior - O protagonista poderia ser mais denso emocionalmente.
Avaliação - B-
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