Monday, July 31, 2017

Valerian and the City of Thousands Planets

A carreira de Luc Besson é uma autentica montanha russa, ora colecionando os maiores sucessos da europa quer como realizador como produtor, bem como acabando por se tornar um epicentro de grandes projetos mas que dificilmente consegue imperar no competitivo mundo dos blockbusters. Este ano penso que este era o seu projeto maior, quer em termos tecnicos quer mesmo em termos mediaticos. Contudo as avaliações essencialmente medianas acabaram por não servir de uma alavanca, num filme com muitas dificuldades principalmente no sempre complicado universo hollywoodesco.
Sobre o filme eu confesso que quando vi o trailer pensei que teriamos um filme grandioso, pesado, de lutas interminaveis e que o unico ponto que o filme queria era trabalhar os efeitos especiais de ponta. Dai que o filme tenha sido neste particular uma surpresa agradavel, pelo seu caracter descontraido, e por ter como objeto central mais uma compoente de entertenimento a diversos niveis, com o teor claramente juvenil, do que propriamente uma fogueira das vaidades em termos de inovação tecnologica.
Dai que me pareça que um dos grandes defeitos do filme é ter um trailler demasiado serio, caso contrario iriamos pensar desde logo que iamos para um filme simples, juvenil, intergalatico, com um humor moderado, mas com um ritmo interessante e que prefere ir as interações simples das personagens muito mais do que as exastivas sequencias de acção. Por isso podemos dizer que mesmo sendo um filme sem grande qualidade é bem melhor do que a encomenda.
Mas claro que tem alguns defeitos, em termos de realismo, a forma como as sequencias de acção e o nivel produtivo de alguns pontos ainda estao longe do que por exemplo os melhores estudios americanos conseguem fazer. Mesmo fazendo o mea culpa de ter visto o filme em 2d, parece obvio que existe algumas sequencias com um potencial enorme e que o filme parece por vezes ter algum receio de as potenciar ao maximo, como a sequencia do grande mercado.
O filme fala de um casal de agentes do espaço que tem de tentar encontrar um estranho ser capaz de produzir perolas, contudo rapidamente percebem que este ser é a base de um acontecimento historico que colocou em causa um planeta, com principios no minimo duvidoso.
Em termos de argumento o filme está longe de ser um poço de originalidade, é sim na maior parte do tempo um filme com os principios elementares do entertenimento e pouco mais. As personagens são descontraidas, os dialogos sempre com um teor bem disposto e isso faz o ritmo aumentar, mesmo que a historia de base seja demasiado complexa para um filme desta natureza.
Luc Besson é um icon do cinema europeu, a sua excentricidade com o espaço deu luz talvez ao seu melhor filme, o QUinto Elemento, e aqui temos um bocadinho desse filme, na extravagancia, em algumas sequencias e mesmo no registo. GOsto desta etiqueta dele como realizador e que descontroi o cinema de ação repetitivo que lhe deu nome como produtor.
No cast o filme tem alguns problemas DeHaan e um actor com recursos mas nao parece ser talhado para heroi de açao, falta-lhe naturalidade e empatica, mesmo que seja um actor de primeira linha para outro tipo de objeto. Delavigne e a actriz/modelo, poucos recursos, mais presença do que habilidade, num filme que poderia também aqui ter alguem com mais empatia com o publico. Por fim Owen um vilao frouxo, mais pela personagem do que por ele.


O melhor - O trailer ter descido as expetativas

O pior - A nivel tecnico poderia ser menos digital e mais real

Avaliação - C+

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