Friday, July 14, 2017

I don't feel at home in this world anymore

Sundance este ano foi marcado por muitas apostas de companhias menores entre as quais a NEtflix, que acabou por surpreendentemente ganhar o grande premio do dramatico do juri com este particular filme que rapidamente passou para a plataforma Netflix. Por isso mesmo é dificil de quantificar o valor comercial do filme, contudo parece-nos obvio que esteve longe de ser uma das grandes apostas do formato. Criticamente e depois do sucesso em Sundance e obvio que o filme conseguiu bons resultados nas avaliações da maior parte das pessoas.
SObre o filme, eu confesso que sempre que tenho conhecimento que um filme ganhou sundance a minha expetativa em torno do resultado final é positiva pois parece-me obvio que o festival nos utlimos anos conseguiu chamar a atençao para realizadores e obras muito singulares. Dai que quando acabei de ver este pequeno filme fiquei surpreendido por ele ser mesmo isso, ou seja bastante pequeno no alcance, na formula e mais que isso mesmo naquilo que realmente significa, já que se trata de declaradamente um filme muito mais de promenor do que propriamente um filme de base.
E nos promenores saltam à vista dois deles, os promenores da mutação de uma personagem desesperada em busca da defesa daquilo que é seu, e nisso principalmente em alguns momentos o filme tem promenores deliciosos e do ponto de vista comico toda a personagem de Tony pelo seu fora de tempo e mais que isso pela forma como que todos os seus apartes funcionam com um detalhe de humor inteligente e iconico.
Fora estes aspetos estamos perante um filme muito vulgar, na capa de comedia negra, com a tipica escalada de ação reação, por momentos previsiveis, com uma roupagem independente de livro mas que lhe parece sempre faltar algo diferenciador de muitas outras comedias que anualmente surgem no territorio indie e com mais abrangência ou conteudo do que este filme.
Ou seja apenas se pode concluir ou que Sundance teve um ano mais nivelado por baixo, salientando contudo que nao se trata nem de perto nem de longe de um mau filme, mas parece significativamente curto para um vencedor de Sundance, mesmo que principalmente a personagem Tony fique na memória como uma das humoristicamente mais bem potenciadas dos ultimos tempos.
O filme fala de uma mulher solitária com uma vida triste que acaba por ser assaltada na sua casa. Perante a inoperância das forças policias, na companhia de um peculiar vizinho vai tentar não só encontrar as coisas que lhe foram roubadas mas mais que isso procurar a vingança que reponha a justiça na sua forma de vida.
Em termos de argumento é claramente um filme bem melhor no particular do que no geral, em termos de historia de base parece sempre algo repetido, de pouco alcance, que vai melhorando com um ou outro aspeto realmente bem potenciado, principalmente nas curiosidades e quando tenta fazer humor, onde por alguns momentos consegue com alguma força.
Na realização este trabalho a cargo de Macon Blair um actor pouco reconhecido mas que teve aqui o seu filme de estreia, adopta um estilo tradicional independente, algo que parece impossível, mas que cada vez mais adquire algum tradicionalismo no género. Para um primeiro filme ganhar Sundance é um feito, mas vamos ver o que a carreira posterior lhe trás.
No que diz respeito ao cast Lynskey é uma atriz talhada para filmes sobre personagens pouco mediaticos e com um estilo mais independente. Ao seu lado um Wood que em persoangens estranhas funciona muito melhor do que no restante, num dos papeis mais interessantes do ano, mais do que pela interpretação por uma personagem no mínimo mítica.

O melhor - Tony

O pior - Para Sundance um filme de clara pouca abrangência

Avaliação - C+

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