Wednesday, July 05, 2017

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O cinema australiano foi desde há cerca de dez anos, um dos que mais explodiu, conseguindo potenciar os seus fantasticos actores que há diversos anos já são referência no cinema de hollywood. Como todos os cinemas em evolução os seus filmes foram passeando por todos os generos, e aqui surpreendentemente temos um filme sobre Nova Iorque numa produção australiana. O resultado do filme, claramente de serie B foi curto não tendo tido grande atenção critica comercial, num filme pequeno que sabia perfeitamente que estaria mais rotinado para o mercado de aluguer.
SObre o filme, eu até confesso que no inicio o filme acaba por dar uma boa introdução da personagem e das suas rotinas de uma forma bem filmada, acompanhada por uma boa musica, e com o alimentar de um suspense que acaba por lançar bem o filme, o problema em termos narrativos e tudo o resto, ou seja o que o filme acaba por ser numa confusão de paralelismos com um sentido nem sempre claro. Uma comparação com as estrelas que acaba por ser muito dificil de atingir, e um final absolutamente pouco trabalhado e tao divergente do teor que o filme tinha tido até então.
Posto isto parece daqueles filmes que promete tudo nos primeiros dez minutos para depois nao concretizar nenhuma das boas indicações, tornando-se num filme cheio de buracos narrativos, sem qualquer logica de planeamento, numa pseudo historia de amor, e uma tentativa de nos dar uma realidade pre concebida, mas que acaba por ser um desastre completo naquilo que realmente o filme acaba por ser na sua historia, um conjunto de ideias disparatadas que isoladamente muitas vezes não funcionam e em conjunto muito menos.
Ou seja um daqueles filmes de domingo a tarde, que tenta juntar o Thriller com a metafisica, mas que nunca tem arte para fazer resultar a maior parte dos vetores do filme, principalmente e com grande sublinhado o argumento. É pena porque inicialmente o filme começa bem na introduçao da personagem central, e pela boa banda sonora que o filme vai tendo ao longo de toda a sua duração.
A historia fala de um controlador de voos, que começa a perceber que a sua vida esta repleta de rotinas e que diariamente uma serie de coisas ocorre sempre no mesmo minuto. Nessa altura acaba por se apaixonar por uma jovem, começando a perceber que tudo o que repara ser continuo nos seus dias pode ser reflexo de algo que esta para acontecer.
O argumento tem uma premissa dificil, temos de começar por ai, mas penso que se meterem num argumento com uma logica tão complicada com tanta dificuldade em articular aspetos do filme, apenas poderia dar em erro, num filme cuja logica de ligação entre as partes apenas dura dez minutos.
Em termos de realização eu sou suspeito porque adoro tudo que seja sobre Nova Iorque ja que e uma cidade que nos da imagem unicas. Neste particular Paul Currie escolhe bem o contexto, e em termos de banda sonora integra-a bem no filme, contudo não consegue resistir a tanto erro de argumento.
Tambem no cast o filme parece ter muita falta de talento principalmente no campo masculino Huisman que ate encaixa bem no seu papel em Guerro dos Tronos espelha aqui limitaçoes gritantes principalmente nos dotes dramaticos. Pior so mesmo o pseudo vilão interpretado por Sam Reid, que nunca consegue sequer ter atenção. Teresa Palmer tem o papel mais facil e o menos exposto ao erro.

O melhor - A banda sonora

O pior - A forma como o argumento se torna uma confusao de ideias soltas sem qualquer sentido

Avaliação - D+

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