Tuesday, July 25, 2017

To the Bone

A netflix enquanto produtora de filmes constatou que Sundance poderia ser uma excelente porta de entrada, acabando por lançar diversos filmes em competiçao, tendo inclusivamente ganho o premio principal com uma das suas apostas menos fortes. Uma das suas grandes apostas foi este filme sobre o mundo da anorexia, que agora viu a luz do dia. Potenciado com criticas maioritariamente positivas e pelo tema em si, o filme acabou por ter alguma relevancia pese embora seja sempre dificil ter um barometro para os produtos de cinema Netflix.
Sobre o filme a anorexia e a tentativa de entrar dentro da cabeça de uma doente deste genero e um desafio para qualquer filme, pela forma com que estes doentes entram numa realidade completamente paralela. Nisto o filme pese embora tenha boa vontade em tocar no tema, em ir a fundo em algumas questoes acaba ainda por ser um filme colorido na forma como consegue revestir uma historia de amor, e mais que isso na forma como acaba tambem por ser um filme carinhoso a positivo na mensagem final, o que nem sempre acontece.
Se do ponto de vista da forma como o filme trata do tema central ate penso que o filme e competente, ao dar diferentes explicações, na forma como no centro de tratamento temos diversas formas de agir perante a doença, penso que o filme perde um bocadinho de impacto na forma pouco real com que caracteriza as personagens, distanciando-as para escolhas diferentes e para contextos de vida quase que como a justificar a razão da doença, e nisso penso que o filme deveria ser menos juvenil e mais duro.
Mesmo assim num tema que nem sempre e tratado com mediatismo, temos aqui um filme direcionado para os mais jovens com o ritmo apropriado para eles, que suaviza alguns aspetos para se tornar mais cinematografico, mas que não deixa de ter o seu valor enquanto denuncia, mesmo que em termos de obra em si seja mais uma historia de vida igual a muitas.
A historia fala de uma jovem que sofre de anorexia que acaba por ir ao limite durante um tratamento numa casa com pessoas com diferentes patologias alimentares. Aqui vai tentar encontrar uma razao para comer, ou seja para viver.
Em termos de argumento o filme vale muito mais na sua mensagem central, do que propriamente por aquilo que vale nos aspetos especificos do argumento. Principalmente na caracterizaçao das personagens penso que o filme liga o complicador, tentando encontrar nas personagens secundarias algo que fosse a razao, ou pudesse ser a razao de tudo o resto.
Na realizaçao Marti Noxon mais ligada a televisao, tem aqui um registo de realizaçao mais televisivo do que propriamente com grandes rasgos criativos. Temos de pensar que e um filme pensado em televisao e ser menos exigente nos seus pressupostos, ainda para mais em alguem mais ligado a escrita.
Era no cast que estava o maior desafio do filme concretamente em Lily Collins uma actriz ainda ligada a filmes mais pequenos juvenis, que tentou aqui dar um salto. O resultado sem ser deslumbrante ao contrario de outros filmes com tematica e exigencia fisica semelhante, acaba por ser competente, e demonstra a existencia de capacidade para pelo menos crescer no futuro, numa ambiçao de uma carreira maior. No restante pouco a sublinhar.


O melhor – A forma como tenta entrar dentro da anorexia

O pior – Por vezes o filme cai em cliches contextuais


Avaliação - C+

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