Existem alguns titulos
que acabam por ter alguma resposta critica mas que por sua vez nunca
conseguem reunir condições para serem realmente coerentes na
definição de um objetivo. Isso poderá muitas vezes diferenciar um
filme que consegue sucesso numa carreira para os premios e outros que
so passado algum tempo vem a luz do dia a maior parte dos quais sem
qualquer tipo de protagonismo. Norman poderam ser um dos filmes que
enquadra este segundo ponto já que produzido em 2016, conseguiu boas
avaliações criticas mas depois acabou por estrear em alguns
cinemas, conseguindo mesmo assim resultados de bilheteiras mais
importantes do que normalmente os filmes nestas circunstancias acabam
por conseguir.
Sobre o filme, eu
confesso que adorei a primeira parte do filme, a forma como a
tentativa de se envolver num mapa de relacionamentos importantes, a
busca do protagonismo, a forma da personagem, os dialogos a
resiliencia, pareceu-me uma satira interessante do mundo dos negocios
e mais que isso no mundo da politica que penso que o filme nos da de
uma forma sarcastica mas extremamente funcional, quer nas situações
em si, mas mais que isso na forma como a personagem vai ultrapassando
as diferentes humilhações.
Contudo o filme muda
completamente de lado após o seu epicentro, aqui parece-me que o
filme quer ser mais moralista, mas inteligente, e perde o lado
sarcastico que tao bem tinha funcionado na primeira metade do filme
tornando-se mais confuso e mais que isso menos engraçado. Tambem em
termos de ritmo parece-me obvio que é um filme que vai de mais a
menos, sendo completamente contrario a muitos filmes que necessitavam
de mais tempo, parece-me obvio que a qui o caso e precisamente o
contrario.
Analisando os pros e
contras bem vincados no filme, temos obviamente uma hora de bom
cinema, inteligente e atual, mas o resultado final fica condicionado
por uma segunda parte claramente inferior não permitindo que o filme
seja avaliado como coeso, mesmo assim parece-me que num ano em que
nem sempre os filmes tem sido felizes no seu resultado este é um dos
poucos que pelo menos em alguns momentos consegue ser e nos dar bom
cinema.
A historia fala de um
individuo sozinho que tenta a todo o custo entrar e ser importante em
mapas de relações quer politicas quer de negocios. Tudo normalmente
e recusado ate que tem uma conversa particular com um ministro
israelita, com quem tem um momento interessante e que lhe vai
reprecutir e mudar a sua vida no momento em que o mesmo se torna
primeiro ministro daquele pais.
Em termos de argumento
tudo corre bem principalmente quando o filme mais que uma intriga,
tenta utilizar o sarcasmo para definir as personagens, e nesse
particular o filme é extremamente inteligente na forma como é
articulado e principalmente na caracterização da personagem
central. Na segunda parte do filme com a mudança de registo o filme
torna-se a todo o nivel mais vulgar.
A realizaçao marca a
estreia em hollywood de Joseph Cedar, tem uma realizaçao
interessante conjugando risco nas comunicações das personagens com
a envolvencia megalomana de Nova Iorque, um trabalho que não sendo
de primeira linha tem bons momentos num realizador a seguir nos
proximos tempos.
No cast todo o destaque
vai para Gere, que parece nesta fase da sua vida, estar a escolher
melhor os filmes, mais relacionados com o cinema independente e que
lhe tem dado um reconhecimento critico que em outros momentos mais
visiveis da sua carreira não conseguiu. Aqui tem um papel dificil, e
consistente, dos melhores dos ultimos tempos na sua carreira, e que
podera ser um suspiro para proximos projetos.
O melhor – A primeira
hora de filme
O pior – A segunda
alterar o regime que o filme seguia ate entao
Avaliação - C+
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