Saturday, October 08, 2016

The Girl on the Train

Todos sabemos o quanto é dificil tornar um livro conhecido mundialmente num grande filme, poucos foram os que conseguiram, e mesmo esses sempre tiveram criticas. Dai que seria facil prever que a carreira critica deste Girl on the Train não seria facil, mesmo com a contratação de um realizador treinado em adaptações como Tate Taylor. Os primeiros resultados criticos foram algo desoladores com avaliações medianas mas na maioria dos casos negativas. Comercialmente o que me parece a mim a maior prioridade do filme os primeiros resultados são consistentes sem no entanto ser em momento algum espetaculares.
Pode um bom livro dar um mau filme, a resposta é claramente sim, porque a possibilidade de criar ritmo num filme é bem mais exigente do que no livro. E ponto aqui começa o grande problema do filme, ou seja o filme tem sempre um ritmo demasiado pausado talvez porque monologos ou pensamentos internos funcionem sempre melhor em termos literarios do que em termos de filmes, e nisto o filme abusa, tirando-lhe ritmo e intensidade o que num thriller e essencial.
Mas o maior problema e que os truques do cinema, ou seja a necessidade de ter algo visual da promenores ou focaliza aspectos que acabam por tornar o grande trunfo do filme, ou seja o seu twist final como algo previsivel, e para um genero que depende tanto da sua conclusao, a falta de explosao do seu final acaba por ser um outro handicap.
De resto uma historia simples, com muitas personagens interligadas, num filme ligeiro que nunca quer ser mais que isso pelo menos na sua versão de cinema, com um climax bem definido e com destaque na forma como o comboio acaba por ter um papel importante em todo o filme. A determinados momentos tem uma boa protagonista e isso acaba por dar um bocadinho de mais lustro que mesmo assim para a toda a envolvencia e claramente pobre.
A historia fala de três mulheres interligadas pela proximidade relacional, mesmo que esta nem sempre seja a mais simpatica, que se vem envolvidas na investigação do crime de uma delas, em que todos sao suspeitos.
Em termos de argumento temos uma tipica historia do quem matou quem, na essencia o filme pode ter uma historia de ligaçao entre as personagens maiores, e que o filme desenvolve mas na essencia não e mais que isso. Parece-me redutor, parece-me uma historia nem sempre com grande poder de mensagem e mesmo no seu twist não me parece particularmente surpreendente principalmente na decisao central.
Tate Taylor fez um excelente trabalho de epoca com The Help, sei que e um filme mais imponente com uma mensagem mais significativa. Aqui penso que como realizador esta muito aquem do esperado. Não tenda dar ao filme qualquer tipo de roupagem, abusa nos Slow motion sem sentido, e acaba por não ser particularmente relevante a sua acçao, para um realizador que na estreia pos o seu filme na corrida aos oscares sabe a pouco.
No cast, eu confesso que numa aposta como esta o cast me pareceu pobre, principalmente pela dimensao comercial que o filme poderia ter. Blunt parece-me uma boa escolha, intensa, tem a seu favor ser a unica personagem vistosa do filme, e acaba por dominar o filme de inicio a filme. Nos outros papeis de maior destaque a quase desconhecida Bennet cumpre, mesmo que fique a ideia que a personagem poderia ter mais força, e o claro floop vai para Theroux, numa personagem tão importante num filme como este alguem mais carismatico e versatil seria essencial.

O melhor – Emily Blunt

O pior – Tanto alarido por uma historia na genese tão simples



Avaliação - C

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