Sunday, October 02, 2016

Deepwater Horizon

A cooperação entre Mark Whalberg e Peter Berg parece estar para durar, depois de uma primeira colaboração em Lone Survivor um realista e duro filme de guerra eis que a dupla surge em 2016 em dose dupla novamente retratanto historias reais. Como a colaboraçao anterior a recepçao critica do filme foi aceitavel com bons resultados na maior parte das avaliações, comercialmente os resultados parecem ser consistentes embora me pareça que o elevado custo de produçao pode por em causa a concretizaçao do projeto em termos economicos mas que so a longo prazo se ira conseguir perceber.
Em termos de filme, Berg parece-me mais que qualquer coisa um tarefeiro competente de Hollywood alguem que faz o filme com meios, realismo, mas a quem falta algo diferenciador, e isso acaba por ser o que o filme nos dá, ou seja uma historia promenorizada sobre um acontecimento concreto, muito realismo nas sequencias de perigo mas a falta total de um elemento que diferencie o filme, que o torne unico, que o sublinhe relativamente aos restantes, parece tudo detalhedo como tem de ser pelo livro e isso é o que diferencia um filme positivo de um grande filme.
E inegavel o valor tecnico do filme, algo construido de uma forma que me parece dificil, mas que Berg consegue dar com violência com realismo, principalmente no que diz respeito aos efeitos da explosão. Sendo os maiores valores do filme em termos tecnicos parece-me tambem que quer em termos narrativos, e mesmo na abordagem de filme tudo e demasiado simplista, o que para conduzir o filme para outros patamares e muito dificil.
Outro ponto que me parece que o filme pode ser algo simplista, e no seu valor emotivo, a forma como as bandeiras dos EUA são deflagradas ao longo do filme, a homenagem repetida aos mortos, parece muito Clint Eastwood e penso que as homenagens podem ser mais subtis e dessa forma talvez mais sentidas do que procurar uma emoçao simples, que resulta para grandes plateias, mas a mim faz-me sempre pensar que é uma forma de ganhar dinheiro com o mal dos outros. Esta opçao para mim e agri-doce.
O filme fala dos trabalhadores de uma plantaforma de exploraçao de petroleo, que acabam por sofrer um acidente que conduz a explusão da plantaforma em alto mar, tendo os mesmos que lutar por sobreviver ao impacto de tal acidente.
Em termos de argumento o filme é simples, e arrisca quase nada, podemos dizer que tem um bom balanço entre o lado mais descontraido e familiar da personagem central, mas tudo o resto é previsivel numa linha natural. Podemos dizer que o filme é o que é, mas tambem se sabe que argumentos deste têm um limite da sua capacidade.
No que diz respeito a Peter Berg como realizador eu acho que ele sabe lidar com o realismo de sequencias de acção com meios a seu favor, o que o fazem antes de mais um bom tarefeiro, terei mais duvidas em o considerar um cineasta de eleiçao pelo pouco risco ou pela falta de uma assinatura criativa que os seus filmes parecem ainda não apresentar.
Por fim a colaboraçao com Whalberg penso que tem sido rentavel para este actor, já que lhe dá visibilidade num momento de forma que me parece menos bom do actor, ele funciona como actor de acção, mesmo que em termos dramaticos me pareça bastante baixo de forma, e o filme demonstre isso. O lado negro de Malchovich, o lado mais bruto de Russel, e Dylan O'Bryan parecem boas escolhas mesmo que em papeis simples.

O melhor – O realismo das dificeis cenas de sobrevivência.

O pior – A falta de algo que o tire do registo “By the Book”


Avaliação - C+

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