Não deve neste momento
existir em Hollywood principalmente para novos realizadores melhor
carta de apresentação do que vencer premio do juri e audiencia no
Festival de Sundance. Aquele que ano após anos valoriza o lado mais
independente e creativo do cinema e que tem sido um viveiros para
novos autores. Este ano foi este misto de comedia e drama que
arrebatou os dois pontos mais importantes conseguindo uma recepçao
critica muito positiva, pese embora abaixo do que vencedores de anos
anteriores conseguiram. Comercialmente conseguiu um bom registo para
um filme independente mas um pouco abaixo do esperado depois do mais
alto valor dado por uma distribuidora por um filme daquele festival.
Este filme com um nome
curioso, e daqueles filmes simples, sobre uma historia tocante que
desde cedo quer assumir uma roupagem propria, criativa, de autor, e
consegue, porque o filme esta recheado de apontamentos, se pequenos
aderessos de excelente realizaçao e abordagem que tornam o filme
mais singular, mais agradavel, mais unico mais artistico. Mas este
lado demasiadamente singular, tira do filme o impacto emocional que
este deveria ter, e que so apenas nos dez minutos finais consegue
adquirir, o que acaba por conduzir mesmo assim o filme para niveis
mais elevados.
E compreensivel e
benefico para o filme toda a sua abordagem creativa, contudo por
vezes ela mais que um veiculo para a historia acaba por ser a forma a
protagonista, e quando é mais que um veiculo torna um caminho que
deveria ser directo demasiado longo, fica a sensaçao que o filme se
perde na suas proprias divagações e que isso acaba por o tornar
menos forte, e a sua mensagem emocionalmente mais enfraquecida.
Mas e obvio que estamos
perante um filme emocionalmente bonito, com uma creatividade de
abordagem que nos faz sentir dentro de alma de artista e muitas vezes
este e o ponto mais dificil de encontrar no cinema. E um filme que
nos fica na retina por tudo de diferente que tem, pelo facto de estar
atento a todos os promenores e acima de tudo por ser um filme de
risco que ganha, porque no final tudo se compoem, e recupera o lado
emotivo que este tipo de filme deveria ter. Mesmo não sendo uma obra
prima como por exemplo Whiplash foi o ano passado, demonstra que
Sundance e cada vez mais um espaço para artistas mostrarem que o
cinema e mais que um grande estudio.
O filme fala de um
jovem com muito baixa auto estima que e obrigado a fazer companhia
para uma colega de escola com quem não tem quase relaçao mas que
padece de leucemia, ai começa a exibir uns filmes caseiros que faz
junto do seu melhor amigo.
O argumento e
interessante, a historia de base e forte e emotiva, toda a historia e
abordagem tem o elemento mais precioso criatividade sem nunca deixar
de ser coerente. Pena e que por vezes se perca em reflexoes pouco
objectivas que acabam por atrasar o ritmo do filme, e aqui penso que
uma abordagem mais directa poderia ser mais benefica.
Para um realizador que
apenas tinha mostrado os seus dotes em episodios de televisao este e
um daqueles filmes que marca bem um espirito de um realizador que
arrisca com sentido estetico, com creatividade. Podera ser mais um
dos futuros grandes cineastas do mexico, que aqui arranca em toda a
linha. SO mais tarde poderemos perceber se temos aqui o inicio de uma
assinatura.
No cast dois jovens de
uma segunda linha com resultados opostos, todo o foco esta em Mann um
jovem que funciona bem em comedia, mas que penso que não assume o
filme, principalmente comparada com Cooke. A jovem actriz tem toda a
ambiguidade que o papel exige e estamso a falar de muito. E
claramente o brilho do filme.
O melhor – A
creatividade de um realizador que nos brinda com apontamentos de
primeiro nivel
O pior – Não
necessitava de ser tão rebelde, principalmente em apontamentos de
dialogo
Avaliação - B
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