Saturday, September 26, 2015

Me and Earl and Dying Girl

Não deve neste momento existir em Hollywood principalmente para novos realizadores melhor carta de apresentação do que vencer premio do juri e audiencia no Festival de Sundance. Aquele que ano após anos valoriza o lado mais independente e creativo do cinema e que tem sido um viveiros para novos autores. Este ano foi este misto de comedia e drama que arrebatou os dois pontos mais importantes conseguindo uma recepçao critica muito positiva, pese embora abaixo do que vencedores de anos anteriores conseguiram. Comercialmente conseguiu um bom registo para um filme independente mas um pouco abaixo do esperado depois do mais alto valor dado por uma distribuidora por um filme daquele festival.
Este filme com um nome curioso, e daqueles filmes simples, sobre uma historia tocante que desde cedo quer assumir uma roupagem propria, criativa, de autor, e consegue, porque o filme esta recheado de apontamentos, se pequenos aderessos de excelente realizaçao e abordagem que tornam o filme mais singular, mais agradavel, mais unico mais artistico. Mas este lado demasiadamente singular, tira do filme o impacto emocional que este deveria ter, e que so apenas nos dez minutos finais consegue adquirir, o que acaba por conduzir mesmo assim o filme para niveis mais elevados.
E compreensivel e benefico para o filme toda a sua abordagem creativa, contudo por vezes ela mais que um veiculo para a historia acaba por ser a forma a protagonista, e quando é mais que um veiculo torna um caminho que deveria ser directo demasiado longo, fica a sensaçao que o filme se perde na suas proprias divagações e que isso acaba por o tornar menos forte, e a sua mensagem emocionalmente mais enfraquecida.
Mas e obvio que estamos perante um filme emocionalmente bonito, com uma creatividade de abordagem que nos faz sentir dentro de alma de artista e muitas vezes este e o ponto mais dificil de encontrar no cinema. E um filme que nos fica na retina por tudo de diferente que tem, pelo facto de estar atento a todos os promenores e acima de tudo por ser um filme de risco que ganha, porque no final tudo se compoem, e recupera o lado emotivo que este tipo de filme deveria ter. Mesmo não sendo uma obra prima como por exemplo Whiplash foi o ano passado, demonstra que Sundance e cada vez mais um espaço para artistas mostrarem que o cinema e mais que um grande estudio.
O filme fala de um jovem com muito baixa auto estima que e obrigado a fazer companhia para uma colega de escola com quem não tem quase relaçao mas que padece de leucemia, ai começa a exibir uns filmes caseiros que faz junto do seu melhor amigo.
O argumento e interessante, a historia de base e forte e emotiva, toda a historia e abordagem tem o elemento mais precioso criatividade sem nunca deixar de ser coerente. Pena e que por vezes se perca em reflexoes pouco objectivas que acabam por atrasar o ritmo do filme, e aqui penso que uma abordagem mais directa poderia ser mais benefica.
Para um realizador que apenas tinha mostrado os seus dotes em episodios de televisao este e um daqueles filmes que marca bem um espirito de um realizador que arrisca com sentido estetico, com creatividade. Podera ser mais um dos futuros grandes cineastas do mexico, que aqui arranca em toda a linha. SO mais tarde poderemos perceber se temos aqui o inicio de uma assinatura.
No cast dois jovens de uma segunda linha com resultados opostos, todo o foco esta em Mann um jovem que funciona bem em comedia, mas que penso que não assume o filme, principalmente comparada com Cooke. A jovem actriz tem toda a ambiguidade que o papel exige e estamso a falar de muito. E claramente o brilho do filme.

O melhor – A creatividade de um realizador que nos brinda com apontamentos de primeiro nivel

O pior – Não necessitava de ser tão rebelde, principalmente em apontamentos de dialogo


Avaliação - B

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