Thursday, September 03, 2015

San Andreas

Há cerca de dez anos houve um período de tempo no cinema onde foi muito comum blockbusters sobre filmes catastrofes, sem grandes argumentos, mas grandes efeitos especiais que acabavam por tornar o objecto comercial apetecivel. Este ano existe neste filme o ressurgimento desta tendência cujos resultados comerciais voltaram a ser positivos, criticamente não é um genero muito apetecivel e este não fugiu a esta mesma regra.
San Andreas e precisamente um prototipo do genero filme catastofre, ou seja pouco conteudo, personagens que chegam mesmo a ser ocas, pouco dialogo e muita acção recheada de efeitos especiais. Alias neste filme com menos de duas hora, o que é curto para o genero, podemos dizer que mais de metade da sua duração é de destruição e efeitos especiais de ponta, e aqui temos de dizer que a evolução tecnica dos mesmos tem neste filme uma clara referência.
Contudo em termos de profundidade narrativa estamos perante um filme que tem todos os defeitos do genero, desde logo pela falta de profundidade de qualquer tipo de personagem, sabemos muito pouco deles, e no final continuamos com este mesmo problema. Em termos de desenvolvimento narrativo temos apenas a tentativa de sobrivivencia com um elevado numero de felizes acasos, que se tornam fundamentais para a preservaçao da vida. Contudo penso que abusa destas coincidencias que no final torna tudo mesmo algo irrisorio.
OU seja um filme narrativamente muito limitado, penso mesmo que o filme sabe dessas deficiencias e sabe que com a força dos efeitos especiais consegue concretizar o objectivo comercial, mas pensamos que o cinema tem que ser mais que experiencias deste nivel, penso que um filme que poderia ter estes efeitos mas algum ingrediente mais e neste temos um total vazio creativo que contrasta com a força dos efeitos especiais e da destruição que o filme demonstra.
Como realizador temos um tarefeiro de filmes com alguns meios que tem aqui a sua maior produçao. Como já tinha acontecido nos seus filmes anteriores os meios são bem utilizados mas falta algum toque artistico ou assinatura propria aos filmes. Hollywood ganhou para ja mais um tarefeiro o tempo decidirá se é algo mais.
No cast pouco ou nenhum risco para personagens que nada exigem, The Rock e o tipico actor deste tipo de filmes, disponivel fisicamente e só, perde pela falta de intensidade emocional que o filme tambem requere. Gugino funciona sempre bem como secundaria, mais completa do que o seu colega de cast. Daddario parece uma escolha mais pela sensualidade do que pelas qualidades como actriz que comprovou ter.

O melhor - Os efeitos especiais de ponta.

O pior - A falta de qualquer outro vector de referencia

Avaliação - C-

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