Foi estranha a opção
de Simon Curtis, um realizador cujo trabalho anterior foi bastante
valorizado, ter estreado a sua obra sobre os quadros roubados pelos
Nazis, numa historia real num mês tão precoce do ano
cinematografico, tirando-lhe qualquer tipo de hipoteses que poderia
ter para os galardões. Talvez o motivo desta escolha foi alguma
divisao na recepção do filme, que criticamente esteve longe de ser
consensual. Em termos comerciais, e sendo uma produçao da BBC,
principalmente nos EUA os resultados foram bastantes consistentes, o
que é apenas usual para filmes bem recebidos criticamente.
E impossivel não
comparar este filme, com as devidas diferenças com aquilo que
Clooney fez com Monuments Men, e aqui podemos desde logo dizer que
mesmo sendo um filme sobre um caso especifico este e o grande filme
sobre a tematica. Porque é duro, sentimental, nunca perde o ritmo
para ser um bom filme de entertenimento, e sublinha a preserverança
de cada personagem.
E aqui residem os
grandes trunfos de um bom filme, que sabe dar a dosagem de
racionalidade nos conflitos que oferece individualmente as duas
persoangens centrais, mas atenta aos promenores menos historicos como
a forma como com algum humor caracteriza a relaçao entre as
persoangens centrais o que leva o filme para um ligeireza que balança
com a força dos sentimentos aqui traduzidos.
Por isso mesmo estamos
perante um bom filme, que pode ser e verdade demasiado adornado nas
suas intençoes para fazer resultar uma mensagem, e perder algum
conteudo de algumas persoanges que deveria ter mais espaço, já que
poderia dar outros conflitos ao filme, e torna-lo mais complexo, mas
o resultado e interessante já que é intenso e pratico na mensagem
que quer transmitir.
A historia fala de uma
sobrevivente do holocausto, que tenta recuperar quadros valiosos
pertence da sua familiar e que lhe foram subtraidos a quando das
invasoes nazis, permanecendo desde entao na posse do estado.
O argumento sabe tirar
o proveito da historia, tornando-a mais que um filme sobre uma
disputa legal normalmente forte em termos emotivos, um filme de duas
personagens, bem trabalhadas principalmente a central. Tem bons
dialogs potencia alguns conflitos pese embora pudesse ter potenciado
outros, cai em alguns cliches mas que não prejudicam o filme.
Simon Curtis e um
realizador simples de historias mais do que grandes filmes, consegue
aqui dar algum toque proprio nas imagens do passado, não consegue
replicar este toque no lado contemporaneo. Parece-me um realizador em
crescendo que sabe tirar o melhor proveito dos seus actores.
No cast Mirren encaixa
perfeitamente no papel, que parece escrito a sua medida, a ironia, a
suavidade a intensidade sao tudo predicados que Mirren sabe utilizar
como poucas e a sua personagem neste filme pede isso. Domina o ecra
mesmo que Reynolds tenha um papel esforçado diferente do seu
habitual, mais interpretativo mais exigente e menos estetico. Nao
preenche o ecra mas e de louvar a tentativa de mudar o paradigma. Nos
restantes apenas algum relevo para Pryce que em cinco minutos
consegue ser o unico que tira Mirren no epicentro do filme.
O melhor – A forma
como consegue retirar todos os proveitos de uma grande historia num
filme intenso.
O pior – Algumas
linhas narrativas não sao plenamente potenciadas.
Avaliação - B
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