Wednesday, June 24, 2015

Woman in Gold

Foi estranha a opção de Simon Curtis, um realizador cujo trabalho anterior foi bastante valorizado, ter estreado a sua obra sobre os quadros roubados pelos Nazis, numa historia real num mês tão precoce do ano cinematografico, tirando-lhe qualquer tipo de hipoteses que poderia ter para os galardões. Talvez o motivo desta escolha foi alguma divisao na recepção do filme, que criticamente esteve longe de ser consensual. Em termos comerciais, e sendo uma produçao da BBC, principalmente nos EUA os resultados foram bastantes consistentes, o que é apenas usual para filmes bem recebidos criticamente.
E impossivel não comparar este filme, com as devidas diferenças com aquilo que Clooney fez com Monuments Men, e aqui podemos desde logo dizer que mesmo sendo um filme sobre um caso especifico este e o grande filme sobre a tematica. Porque é duro, sentimental, nunca perde o ritmo para ser um bom filme de entertenimento, e sublinha a preserverança de cada personagem.
E aqui residem os grandes trunfos de um bom filme, que sabe dar a dosagem de racionalidade nos conflitos que oferece individualmente as duas persoangens centrais, mas atenta aos promenores menos historicos como a forma como com algum humor caracteriza a relaçao entre as persoangens centrais o que leva o filme para um ligeireza que balança com a força dos sentimentos aqui traduzidos.
Por isso mesmo estamos perante um bom filme, que pode ser e verdade demasiado adornado nas suas intençoes para fazer resultar uma mensagem, e perder algum conteudo de algumas persoanges que deveria ter mais espaço, já que poderia dar outros conflitos ao filme, e torna-lo mais complexo, mas o resultado e interessante já que é intenso e pratico na mensagem que quer transmitir.
A historia fala de uma sobrevivente do holocausto, que tenta recuperar quadros valiosos pertence da sua familiar e que lhe foram subtraidos a quando das invasoes nazis, permanecendo desde entao na posse do estado.
O argumento sabe tirar o proveito da historia, tornando-a mais que um filme sobre uma disputa legal normalmente forte em termos emotivos, um filme de duas personagens, bem trabalhadas principalmente a central. Tem bons dialogs potencia alguns conflitos pese embora pudesse ter potenciado outros, cai em alguns cliches mas que não prejudicam o filme.
Simon Curtis e um realizador simples de historias mais do que grandes filmes, consegue aqui dar algum toque proprio nas imagens do passado, não consegue replicar este toque no lado contemporaneo. Parece-me um realizador em crescendo que sabe tirar o melhor proveito dos seus actores.
No cast Mirren encaixa perfeitamente no papel, que parece escrito a sua medida, a ironia, a suavidade a intensidade sao tudo predicados que Mirren sabe utilizar como poucas e a sua personagem neste filme pede isso. Domina o ecra mesmo que Reynolds tenha um papel esforçado diferente do seu habitual, mais interpretativo mais exigente e menos estetico. Nao preenche o ecra mas e de louvar a tentativa de mudar o paradigma. Nos restantes apenas algum relevo para Pryce que em cinco minutos consegue ser o unico que tira Mirren no epicentro do filme.

O melhor – A forma como consegue retirar todos os proveitos de uma grande historia num filme intenso.

O pior – Algumas linhas narrativas não sao plenamente potenciadas.


Avaliação - B

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