Sunday, June 21, 2015

Manglehorn

Nesta tentativa de ultima vida de Al pacino, existiu um filme em quem se depositava serias esperanças, que era neste exercicio de um autor peculiar como Goordon Green e na sua estreia em Veneza em 2014. Para mal de ambos a receção foi algo fria tirando grande força ao filme que foi recebido com indiferença criticamente e isso acabou por condicionar um filme que por si so tinha pouco valor comercial.
Gordon Green tenta encontrar no cinema dramatico o balanço que nunca encontrou em termos de cinema de comedia. Mas pena é que com exceção do bom trabalho com Joe, nunca tenha encontrado grande sentido nas coisas. E mesmo em filme metapessoais com este consegue perder o sentido, que leva a pensar que o mesmo possa estar na forma de escrita ou na abordagem do realizador ao filme.
Neste caso Green tinha e esconde bem um dos segredos do filme, ou seja a relaçao central, e permanente do persoangem com o seu grande amor, e a sua conclusao e muito interessante, mas a forma como chega ate a esse momento, demonstra dificuldade do filme em controlar ritmos, passeando a um ritmo de cruzeiro por dificuldades de alguem, que tudo isso deveria ter mais impacto e isso ser traduzido no filme.
Assim fica a ideia de um produto que poderia ser interessante rico narrativamente, que e deprediçado numa abordagem completamente ao lado do filme, em preocupaçao em ser filosofico, em ser uma reflexao da pessoa, quando tudo de uma forma mais subtil e mais rica em dialogos simples, e em interaçao entre personagens conduziria ao mesmo resultado com outra imponencia. Existe filmes sem base que nunca podem funcionar, existe outros que parece que propositadamente parecem não querer funcionar.
A historia fala de um solitario fabricante de chaves, que se encontra com o coraçao partido pelo seu grande amor que continua a pautar a sua vida, com a entrada novamente do seu filho, e de um interesse acaba por colocar em causa esta relaçao e principalmente a sua forma de ser.
No argumento temos muito mais sumo do que fruta e isso usualmente denuncia um argumento mal trabalhado, principalmente porque fica a ideia que o filme poderia ser muito mais vivo e retirar mais das personagens. A opçao de um filme auto centrado e claramente reprovavel e isso condiciona o restante do filme.
Gordon Green gosta de ser indie e esta realizaçao e mesmo isso, uma serie de promenores sem sentido como se isso bastasse para ser cunho pessoal, parece obviamente na minha opinião sinais de maturidade, quando ele conseguir ter um estilo proprio com simplicidade de processos podera ser um bom realizador ate la coleciona tentativas falhadas.
Al Pacino não esta no auge da sua carreira, aqui sabe funcionar nos silencios e no lado introvertido tem mais dificuldade na expressao. Parece demasiado excentrico para a personagem em si, talvez Pacino atual deveria sair mais da personagem e o papel seria obvialmente mais valorizado.

O melhor – O sumo claro que o filme tem.

O pior – Que se perde porque a forma de extração quer ter o dominio do filme


Avaliação - C-

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