Os Biopics de musicos
do seculo XX foi nos ultimos anos um genero em voga não so em termos
comerciais mas acima de tudo em termos de corrida aos premiros
principalmente depois dos premios ganhos por Joaquin Pheonix em
Johnny Cash e jammie Foxx como Ray Charles. Este ano mais uma figura
mediatica do seculo passado tem o seu filme neste caso o polemico
James Brown. O resultado do filme como os acima descritos
criticamente foi positivo embora nos pareça que em termos de premios
ficara aquem dos outros dois comercialmente pela falta de estrelas ou
não o resultado não foi tao brilhante.
O Biopic e um genero
por natureza limitado quer pelo numero de titulos já existentes quer
pela sempre dificil transposiçao da realidade para o grande ecra com
as exigencias narrativas, dai que ultimamente temos assistido a
diversas tentativas de fazer este genero algo diferente na abordagem,
e podemos dizer que Get on Up tambem o tenta desde logo por não
seguir uma linhagem cronologica ou pelas conversas que James Brown
vai tendo com o espectador. E mesmo com esta inovação o filme
parece sempre nunca conseguir aproveitar os poucos elementos
inovadores que tem, e na forma como e montado temporalmente acaba por
tornar tudo muito confuso o que faz cortar o ritmo a um genero que já
de si não permite ritmos elevados.
E por este ponto
podemos perceber que o filme esta longe de ser um grande filme, não
que a vida de Brown não o tivesse permitido mas pelo facto de o
filme não abordar de forma contundente nenhum desses pontos a não
ser uma personalidade complicada auto centrada mas ao mesmo tempo
preocupada com as pessoas que o rodeiam. A forma como o filme se
centra apenas na personagem nunca permite um bom contexto para cada
situaçao e não permite que o filme tenha a força de cada um dos
actos da sua figura central.
O que evita o desastre
sao dois pontos distintos a personalidade de Brown bem colocada no
ecra e o foco maior do filme que da força a cada uma das situaçoes
relatadas bem como a excelente interpretação de Boseman, num papel
exigente a todos os niveis, que contudo tornam facilmente este filme
num filme menor no que diz respeito aos biopics musicais.
A historia fala-nos dos
momentos da vida de James Brown desde a infancia numa familia
carenciada que o abandona ate a luta pela sobrevivencia ate aos
poucos se tornar num idolo de uma geração afro americana.
O argumento de um
biopic nunca pode ser um poço de creatividade porque se encontra
confinado aquilo que a personalidade fez com a sua vida dai que aqui
temos algo tipico sem grandes rodeios ou abordagens proprias. O ponto
mais original que e as reflexoes com o espectador nunca tem a força
que se pensa a determinada altura do filme que possam ter.
Tate Taylor e um
realizador que chamou atençao nas Serviçais e que aqui tem um filme
mais exigente como realizador mas que não e totalmente satisfatorio
não comprovando por si so o valor já demonstrado, tem boa forma nos
momentos musicais mas no restante nunca deixa o seu cunho pessoal e o
filme tem espaço para isso.
Por fim o cast e aqui e
que o filme tem o unico ponto de elevadissimo nivel a construção de
Boseman e brilhante em todos os niveis, dramaticamente, entrega
mostra bem que este afro americano e um dos mais promissores dos
ultimos anos, e que consegue dar a intensidade em altos niveis de
exigentes com outro filme poderia certamente pensar nas nomeaçoes
para os oscares que assim tera de esperar por um proximo comboio que
a manter este nivel ira ser proximo.
O melhor – Chadwick
“Brown” Boseman
O pior – O carrossel
temporal
Avaliação - C
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