Tyler Perry continua irrequieto somando colaborações com diversas aplicações com diversos projetos por ano no seu estilo novelesco claramente vocacionado para classes sociais inferiores afro americanas. Este ano surgiu com um filme com uma protagonista de primeira linha um pouco diferente do habitual, numa aposta de verão da netflix. Comercialmente o filme tornou-se um sucesso liderando as visualizações da aplicação pelo mundo inteiro, ajudando a presença de Henson. Criticamente não e o terreno prodigo para o realizador dai que quando fica pela mediania ja se pode considerar uma vitoria.
Temos um filme que começa como a maioria dos filmes de Perry, uma personagem entra em espiral negativa que a leva a um banco, onde começa um filme diferente, onde começa um filme de resgate onde obviamente Perry se sente perdido a cada momento, e o filme parece deambular para mais um desastre a todos os momentos nas interações, nos dialogos, nos esteriotipos e nas decisões, ate que surge o twist final que acaba por ser surpreendente e dar ao filme uma roupagem diferente mesmo que a plausabilidade do mesmo nao existisse.
Dai que mesmo sendo um filme com a maior parte dos defeitos tipicos do cinema de PErry, que normalmente e sinonimo de uma mediocridade completa, o filme tem no final esse momento que olhando para trás parece também ser uma das fugas possiveis nos nós que o filme tenta dar na espiral negativa da personagem. E um filme simplista no planeamento que acaba por resistir na decisao final, para não ser medonho e apenas mediocre.
Mas engane-se que acha que o filme e no final melhor que a maioria das obras de Perry, pode ser mais surpreendente mas no resultado final é mais do mesmo, é um filme que acima de tudo tenta dar um vetor social que e anexado sem grande preocupação existindo apenas a perceção de um twist surpreendente pode resgatar o filme quando apenas minoriza a falta de qualidade da obra ate então.
A historia fala de uma mãe solteira, desesperada para responder as necessidades da filha que acaba por ficar sem ela. Tudo se torna pior depois de um incidente com o patrão que a leva a escapar a policia e alegadamente resguardar-se num banco onde e vista como uma terrorista.
O argumento do filme tem a vertente social sublinhanda, principalmente nos monologos da personagem central. A intriga e mal produzida, com falhas, cheia de cliches, e no final o twist acaba por dar alguma diferença ao filme sem nunca o salvar.
Perry e um realizador mediocre com um tipo de filme muito direto para um publico em questão e pouco mais. Pouco ou nenhum risco, sequencias de amadorismo que até parecem propositadas como a operação policial final, mas acima de tudo a noção de que conhece a população e pouco mais. Vamos ter muito mais disto.
O filme tem, ao contrário da maior parte dos filmes de Perry, uma protagonista competente e pelo menos muito intensa. A personagem de Henson cai muitas vezes no overacting mas a atriz tem a intensidade que o filme requer, ainda que de forma nem sempre perfeita. E um one woman show.
O melhor - O twist final
O pior - Os defeitos do cinema de Perry estarem sempre presentes
Avaliação - C-

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