Poucas sagas de terror adolescente acabaram por ter tantos capitulos e tantas reidições como Final Destination, um filme violento que joga com o destino e com uma autentica panóplia organizada de mortes pouco naturais, que nao teve medo de se colocar no meio do epicentro de verão, potenciado pelas boas critias que nunca foram propriamente muito associadas a saga. Comercialmente o filme foi um misto de terror, mortes incriveis e algum humor e o resultado foi positivo com alguns dos melhores resultados comerciais da serie, o que nao deixa de ser surpreendente depois de tantos anos.
Mas afinal o que tem este Final Destination que os outros capitulos estiveram longe de conseguir para obter este sucesso em tanta linha. Podemos dizer que o primeiro ponto acaba por ser a forma como a cena inicial e lançada e filmada, com risco, com uma mistura de presente e passado, mas que acaba por ser um guia para tudo o que foi lançado e essa capacidade de mudar o jogo tantos filmes depois funciona.
E funciona porque no restante o filme potencia ao maximo onde a saga acabou por ser mais diferente que é na capacidade de trazer mortes completamente inacreditaveis, de jogar com o espetador fazendo esperar o inesperado, mas acima de tudo por trazer algumas das mortes mais violentas que existe memoria, nao tendo forma de deixar um final aberto ao contrario do cliche do genero.
O que funiona no filme é que todos os elementos que fizeram gerações gostar do filme tem aqui tudo elevado ao maximo do exagero, quer do lado do destino, mas acima de tudo na violência. Não sei se é o melhor capitulo da saga, provavelmente a ideia original deveria ser mais sublinhada mas o resultado funciona bem porque utiliza de forma satisfatoria o que tem ao seu dispor mesmo balançando por todo o ridiculo e exagero da saga.
O filme segue os parametros conhecidos da saga, um sonho, uma premoniçao e depois o destino a fazer das suas personagem após personagem em mortes completamente elaboradas do primeiro ao ultimo minuto com a tentativa das personagens fintarem o seu caminho.
O argumento do filme nao e propriamente diferente do que ja foi feito nos capitulos anteriores, o mecanismo é o mesmo, embora aqui com uma coerencia que torna tudo previsivel. Muito mais exagero nas mortes, um tom mais suave nos dialogos mas nada de particularmente novo.
Na realizaçao do projeto temos Lipovski e Stein uma dupla de realizadores quase desconhecida, que vem do mundo da televisao, que surpreende um pouco na mistura de epoca e evoluaçao inicial e que depois deixa o sangue a carnifician fluir com muita carne e sangue. Nao e propriamente uma realizaçao de autor, sendo mais um projeto de estudio.
Este tipo de filme nao e propriamente conhecido por chamar atores de primeira linha. Uma serie de jovens desconhecidos que acabam por dar ao filme o que ele pede, horror e gritos, e uns secundarios onde é marcada a presença de Tony Todd no seu ultimo papel e uma apariçao cheia de significado que nao deixa ninguem indiferente
O melhor - A despedida de Todd
O pior - Na essencia da historia é mais do mesmo.
Avaliação - C

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