Sunday, June 22, 2025

Echo Valley

 Num verão em que a Apple + tenta lançar filmes de uma forma mais frequente eis que surgiu este drama familiar apostado em rentabilizar o conceito comercial atual de Sweeney que acabou por estrear com criticas medianas, para um filme dramatico pesado familiar, que se calhar foi mal encaixado no que diz respeito ao tipico filme de verão. Comercialmente o filme acabou por ter as limitaçoes de uma Apple que ainda tem dificuldade em chegar a todo o lado.

Sobre o filme podemos dizer que a intriga é bem lançada na personagem central, nos seus dramas, nos seus conflitos e nos seus problemas que surgem num momento em que não consegue dar resposta. O filme joga com intensidade nesses momentos na forma como a cada passo tudo se torna mais dificil acabando o espetador por embarcar no sofrimento claro da personagem a cada momento, e nisso o filme acaba por ser simples mas consegue transmitir o que quer.

A questao e que o filme apresenta desde logo dois pontos de fuga, um que nunca e realmente utilizado ficando subtilmente escondido os motivos pelos quais tal e escondido, mas por outro lado temos o escape constante da personagem que acaba por ser usado sempre que o filme chega ao limite, e isso parece uma tarefa facil para qualquer objetivo que o filme queira ter.

Por tudo isto temos um mediano filme dramatico familiar, um pouco exagerado na compilação de coisas sucessivas que surge a personagem, mas que acaba por limitar apenas as vivencias de uma personagem nada existindo sem ela. Fica a ideia que o filme é algo linear para os seus interpretes existindo muitos momentos em que procura os momentos das suas interpretaçoes mais que o filme em si.

A historia fala de uma mãe, que acaba por perder a mulher num acidente e ve a sua filha de um anterior casamento entrar numa espiral negativa procurando sempre a sua ajuda, manipulando-a a cada momento para beneficio proprio na complicada relaçao animalesma mãe-filha.

E neste plano que o filme melhor funciona na sua organizaçao de ideias, na forma como leva o conflito e a reconiciliação familiar a cada cinco minutos. Fica a ideia que por outro lado, o filme tem mais dificuldades na intriga mais policial, a qual é vazia em alguns aspetos.

Na realizaçao temos Michael Pearce um realizador ingles ligado as origens que aqui tenta ter mais mediatismo numa distribuição maior. O filme tem muitos tiques de filme independente, deixando as suas interpretes liderar a estetica. Nao e propriamente um projeto deslumbrante de realizador mas acaba por funcionar onde quer.

No cast temos uma Julianne Moore muito colada a alguns papeis mais mediaticos dela, ja todos conhecemos a sua forma de sofrer e aqui e mais do mesmo, dai que o impacto seja menor. A intesnidade de Sweeney num papel de entrega fisica maior acaba por ser mais surpreendente ou mesmo o lado mais escuro de um Gleeson que tenta mudar o registo.


O melhor - A ligaçao mãe-filha e os seus problemas


O pior -A forma como o filme centra-se demasiado nas suas interpretes


Avaliação - C+

No comments: