Saturday, June 14, 2025

Hurry Up Tomorrow

 Produzido em 2023, sob a chancela total de The Weeknd, numa nota tentativa do cantor dar-se a conhecer a arte da representação depois de The Idol, só em 2025 a Liongates comprou o filme e o lançou em pleno verão, tentando ganhar lanço com o novo album do cantor. Contudo os resultados criticos medonhos rapidamente conduziram o filme a um reflexo comercial pessimo, conduzindo a um segundo rotundo falhanço na tentativa do musico ser criador, ou mesmo ator.

O filme tem desde logo um problema, pensa que é um videoclio do musico, musica continua, poucas personagens, muita cenografia mas um dialogo e personagens inexistentes. Um argumento introspetivo, confuso, que nunca consegue ter impacto e arrancar, sendo que o tempo vai passando com uma retrospetiva sobre as musicas do cantor, que a determinada altura acabam por ter uma discussão sobre o seu significado. Para alguem que quer ser ator devia fugir do seu papel habitual.

Por outro lado os secundarios, ao contratar dois  atores de linha tão forte como Ortega e Keoghan devia dar mais espaço as personagens e nao torna-los figurantes do seu longo e confuso videoclip, porque no final é isso que acontece, sendo que também no final fica a sensação que a hora e quarenta e cinco minutos de duração do filme é apenas uma forma de Abel dizer que sabe sofrer no ecra.

Por tudo isto este filme é um total ato falhado do primeiro ao ultimo momento, salva-se a sonoridade cada vez mais trabalhada do musico, que efetivamente vai colecionando um sucesso total na musica que contrapoem com os trabalhos indiscritivelmente maus que vai fazendo enquanto ator, argumentista e produtor, sendo este o mais absurdo de todos.

O filme fala de um musico, no caso concreto o proprio The Weeknd que em plena tour fica sem voz, tem um rompimento drastico com a namorada e acaba por fim sequestrado por uma fã que quer perceber e acima de tudo que ele espelhe perante ela o sofrimento das suas letras.

O argumento e confuso, auto central, sem grande objetivo final, fica a ideia que quer fazer uma autopsia a sua musica acabando por nao resultar em nada. NAo permite que os secundarios cresçam, o que poderia o filme ficar mais natural, um argumento confuso e errático em quase todas as linhas.

Na realizaçao a escolha recaiu em Trey Edwards Shults um habitual colaborante de The Weeknd nos video clips e com alguns bons filmes no cinema. Aqui um desastre porque fica na primeira fase nunca tendo real intenção de sair do estilo visual do musico, tornando tudo confuso. Um realizador tem que por a musica a ser serviço e nao o contrario.

No cast The Weeknd esforça-se mas não e ator, tudo é muito artificial, exagerado e o filme sofre por isso, porque é programado para ele surpreender e nao acontece. O que acontece e que quando vai buscar os atores "a serio" dá pouco palco, principalmente a Keoghan e no caso de Ortega so vai buscar o seu lado peculiar. Muito pouco.


O melhor - Musicalmente The Weeknd e forte

O pior - A forma como se tenta a força levar a um caminho que provavelmente não existe


Avaliação - D-

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