Wednesday, March 01, 2023

Babylon

 Desde o sucesso instantaneo e em pouco tempo de Whiplash e La La Land, que Chazelle tornou-se num dos mais promissores cineastas de hollywood, o qual reunia originalidade, sonoridade e irreverência ao seu cinema. Talvez The Firt Man se tenha tornado o mais convencional, mas acabou por regressar agora ao lado mais sonoro e excentrico do seu cinema. Em termos comerciais tornou-se principalmente nos EUA um autentico floop de bilheteira, tendo em conta o dinheiro investido e mais que isso o elenco de primeira linha. Criticamente o filme conseguiu criticas medianas, o que lhe permitiu estar na luta pelas nomeaçoes ate ao fim, mas não conseguiu chegar ao fim nessa luta, tornando o resultado final ainda menos interessante.

Babylon é um filme arrojado, que tenta ser uma ode à loucura total do inicio do cinema, e essa loucura está bem patente ao longo das mais de três horas de duração. O problema do filme é que quer ser uma homenagem ao cinema mas ao mesmo tempo é tão estranho e exagerado que perde muito do lado emotivo que Chazelle quer ter na parte final, mas parece que já vai tarde. Fica a ideia que o filme é naturalmente mais competente no excesso do que quando tenta ser serio.

Esteticamente e principalmente em termos produtivos o filme é forte, a banda sonora de primeira linha que acompanha a duração do filme, acaba por ser um dos pontos mais diferenciados do filme. Isso torna-o diferente, intenso marcante, mesmo que pensamos que ao longo da sua longa duração temos mais exagero do que profundidade, isso faz-nos momentos unicos de cinema mas o sumo poderá ser menor do que Chazelle chega a esperar.

Por tudo isto Babylon e original, e um claro acontecimento cinematografico, e um filme grandioso em todos os momentos, principalmente os de exagero, os de festa interminavel, onde Chazelle se sente mais confortavel no espetaculo de luz e imagem. Demonstra essa capacidade embora nos momentos finais ficamos com a sensação que o Chazelle queria dar ao filme um coraçao que nunca se apresenta ao serviço do filme

A historia segue os anos da explosão do cinema, da evolução, da criação de estrelas com exageros e excessos e a forma como as ascensões e quedas se produzem a um ritmo alucinante ao sabor do desenvolvimento da arte.

O argumento do filme é audaz, mas fica a ideia que o realizador pensa que o balanço entre o exagero e o sentimento está bem feito, o que acaba por não acontecer. Pouco conhecemos das personagens muito por culpa do filme ser demasiado centrado na loucura de todos.

A realização de Chazelle e impactante, é grandiosa, e demonstra bem a capacidade dele em fazer obras únicas, de um jovem prodígio que parece necessitar de alguma maior razão na forma como balança os seus filmes, porque o exagero torna-se protagonista de um filme que poderia e deveria ter mais sumo.

No cast Robbie está num nivel elevado de entrega e mais que isso de presença. E uma actriz em otima forma que o filme dá bons momentos, mas a personagem e algo limitada. Pitt esta num momento em que os seus papeis sao algo iguais, embora o filme, utilize bem esse ponto a seu favor.


O melhor - A originalidade da maioria das sequencias

O pior - O coraçao do filme chega demasiado tarde


Avaliação - B



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