Monday, February 04, 2019

The Front Runner

Depois de um inicio de carreira como realizador auspicioso, Jason Reitman tem nos ultimos anos tido mais dificuldade em conseguir a unanimidade critica. Num ano em que lançou dois filmes algo distintos, era neste The Front Runner que tinha a expetativa de poder entrar na luta pelos premios. Apos as primeiras observações do filme, cedo se percebeu que nao seria deste e que provavelmente criticamente o filme que avançou no inicio do ano até seria melhor que este. Ja no que diz respeito ao lado comercial, resultados escassos e que foram o prego no caixao na expetativa do realizador.
Sobre o filme, eu confesso que gosto do caracter algo descontraido mas sempre com uma mensagem bem declarada que Reitman da aos seus filmes, tendo gostado bastante de Tully no inicio do ano. Pois bem este parece-me o filme mais confuso a determinados niveis do realizador estranhando mesmo a sua aposta nele. Desde logo na historia, o filme parece receoso de ir alem da duvida e isso num filme com duas horas é inexplicavel pois nos espetadores andamos sempre na duvida do que realmente aconteceu e mais que isso, so somos a prova no debate entre o lado etico do jornalismo e pouco mais.
POr outro lado parece-me um filme nem sempre organizado nos seus objetivos, ora tentando debater o lado etico e ate onde deve ir o jornalismo de investigação, aos debates morais dos candidatos, para tambem perder demasiado tempo e ruido no lado preparatorio das campanhas, o que da ao filme uma mistura de temas, e de sons que acaba por nao permitir centrar e criar impacto realmente em nenhum deles.
Pese embora me pareça um filme com alguns sublinhados que devem ser feitos como a forma como todo ele foi produzido com material existente à data, a forma como deixa os temas em aberto para os espetadores, fica a sensação que o filme nunca consegue na realidade criar qualquer tipo de empatia com o espetador e quando assim o é, dificilmente as coisas podem funcionar em pleno.
A historia fala-nos da disputa eleitoral de 1988, e na forma como Gary Hart grande favorito a ser o candidato Democrata, acabou por sair da corrida depois de uma noticia que dava conta de uma infedilidade sua.
Em termos de argumento parece-me que o filme é pouco objetivo ao querer abrir demasiados debates, acaba por perder o foco no que mais importante é, que é ter uma intriga interessante e que funcione bem junto do espetador. parece um filme com receio de preencher as lacunas historicas conhecidas e isso esta longe de ser corajoso para um filme como este.
Reitman e um realizador de pouco lado artistico mas com um formato simples e funcional de dar primazia as personagens. Aqui temos o lado tecnico de revivalismo que funciona bem, mas parece-me um filme serio de mais para um realizador que me parece funcionar melhor em filmes mais ligeiros.
No cast, este era um filme no qual Jackman depositava expetativas de sucesso critico. Pese embora as boas avaliações, parece-me que num ano tao forte como este Jackman dificilmente teria hipotese de premios com um papel com bons momentos mas longe da dificuldade de outros, mesmo do ator. Nos secundarios o filme nunca os chama realmente ao filme.

O melhor - Alguns debates morais ainda hoje bem atuais.

O pior - O filme acaba por ser demasiado confuso do emaranhado de temáticas que quer tocar.

Avaliação - C

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