Saturday, February 02, 2019

Piercing

Todos os anos existem atores que estão relacionados com um cinema mais independente arriscar em filmes com formulas polemicas baseadas e ideias muito proprias dos seus autores. Um dos filmes mais estranhos que certamente vai ver a luz do dia em 2019 é este Piercing. Criticamente bem avaliado se bem que sem grande entusiasmo, e obviamente um filme para minorias e por isso deve estar longe de qualquer sucesso comercial.
Sobre o filme, podemos dizer que tem como base o lado mais negro de cada um e os desejos escuros sadicos das suas personagens. Depois temos um expetaculo do absurdo e do ilogico ao longo de uns curtos 80 minutos, onde as personagens centrais deambulam por sofrimento infligido e mais que isso por dialogos sem grande sentido e torna tudo numa confusão pouco percetivel para qualquer pessoa.
O filme nao começa mal a preparaçao do plano por parte da personagem central, é um bom momento de interpretaçao e realizaçao que depois acaba por perder todo o sentido com a entrada do outro jogador em campo, ai o filme torna-se um conjunto de imagens coladas de uma forma pouco percetivel, com uma narrativa quase inexplicavel para alem dos elementos de sadismo humano.
Ou seja um filme claramente independnete e arriscado, com bons planos de realizaçao e com uma abordagem com assinatura, mas que na minha opinião ao entrar em terrenos pouco percetiveis deixa de funcionar porque acho que no final quase ninguem percebeu realmente os objetivos do filme.
A historia fala de um pai de familia, com desejos pela violencia e pelo assassinato que engendra um plano no sentido de num quarto de hotel assassinar uma prostituta, contudo a pessoa que vai receber tem outros planos para a mesma noite.
Em termos de argumento podemos dizer que a base poderia dar um bom filme, nao fosse o filme entrar por dimensoes nao percetiveis e acabar por tornar tudo muito confuso, desaproveitando personagens que poderiam nos dar um bom filme.
Na realizaçao temos a inspiraçao niponica de base da historia na forma como Nicolas PEsce realiza, um jovem realizador que ja teve presença em crew de filmes de diversos generos e que aqui tens uma experiencia a solo, que tem risco mas nem sempre funciona.
No cast Abbot funciona bem como pessoa com algo escondido e o filme pede esta caracteristica em grande parte da sua duração.Wasikowska tambem me parece mais talhada para filmes com esta carga negra do que filmes de grande publico.

O melhor - A cena em que a personagem central treina a seco o seu plano.

O pior - A forma como o filme depois entra em realidades impercetiveis

Avaliação - C-

No comments: