Thursday, February 14, 2019

London Fields

Existem filmes com uma pos produção tão complicada que se percebe automaticamente que a melhor solução para o filme seria o mesmo nunca ser lançado. Isso podemos dizer deste filme que teve três anos à espera de ser lançado com batalhas legas criativas entre o realizador e produtor, que acabou com o lançamento de duas versões. A mais divulgada aquela que hoje aqui vamos analisar, com autoria dos produtores foi um dos maiores floops criticos do ano com avaliação avassaladoras e destrutivas para o filme que o tornou num floop comercial total e um dos filmes mais criticados de 2018.
London Fields é um daqueles filmes que quer ser excentrico e criativo do primeiro ao ultimo minuto, e acaba por ser um desfile desorganizados de cenas absurdas sem sentido, quase desconexas e que nos fazem pensar que tudo tinha como unico objetivo uma paródia sem graça. A confusão do argumento e da narrativa apresentada, contextualizada com personagens unidimensionais e cheias de maneirismos sem qualquer sentido é das piores misturas que me recordo, salvando-se apenas a sensualidade de Heard, alias o unico ponto em que a personagem dela na realidade tem que existir.
Mas a confusao do filme não é apenas em termos de personagens e narrativo, na montagem temos flashbacks e fowards inexplicaveis, algumas referências a situações reais que não compreendemos, numa mistura que mais parece um video clip desorganizado de um musico de segunda. Mas nao ficam por ai os problemas tambem na assinatura estetica do filme temos momentos de cuidado, com outras que mais nao e do que uma forma televisiva de captar imagens.
E facil perceber que este filme mais que pessimo é estranho, sendo os objetivos do mesmo quase indecifraveis para o espetador que nao consegue sequer hipotizar qual seria o objetivo de tudo o que acabamos de ver. Fica na ideia uma tentativa de um thriller politicamente incorreto e excentrico que nunca consegue sequer organizar as suas ideias para ser concreto no local onde quer chegar.
A historia fala de um escritor que acaba por ir residir temporalmente para Londres de forma a ganhar inspiração para o seu novo livro, acabando por ficar obcecado pela sua vizinha de cima a qual começa um relacionamento dual com dois diferentes homens, acabando por decidir escrever sobre a vida da mesma.
Em termos de argumento a palavra mais clara para definir este filme é desorganização, quer na definição e papel das personagens, como acima de tudo na linhagem e desenvolvimento narrativo. Fica a ideia que muito do que vimos nao faz qualquer sentido e o filme fica muito danificado por isso.
Na realização Cullen nao aceita esta versão como sendo sua acabando por fazer uma edição do realizador. Nao me parece que a sua forma de recolher imagens seja tambem a mais benefica para o filme que acaba por se tornar numa mistura sem grande sentido. E este tipo de filmes e confusoes legais que muitas vezes acabam com uma carreira.
AMber Heard e sensual, alias tudo na sua carreira foi construido com base nesta caracteristica que este filme explora ate a exaustão, não conseguindo contudo retirar qualquer outra potencialidade da atriz. O problema e que no lado masculino para alem da já enervante excentricidade no cameo de Depp, temos um James monocordico como sempre e um Strugges com uma das interpretações mais sem sentido e irritantantes que me recordo do primeiro ao ultimo minuto. Apenas Throrton consegue nao sair danificado com a sua intervenção.

O melhor - Heard é sensual

O pior - O filme é uma mistura de coisas sem qualquer sentido

Avaliação - D-

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