Premiado com a Palma de Ouro do festival de Cannes, este é daqueles pequenos filmes internacionais que mesmo sem ter uma historia plenamente original, consegue convencer pelo entrosamento entre as personagens e principalmente na forma como consegue gerir as emoçoes ao longo da sua duração. Este filme foi amado pela critica internacional e que redondou na vitoria no Festival de Cannes e mais recentemente na nomeaçao para melhor filme estrangeiro. Comercialmente para um filme nao americano, os resultados acabaram também por ser interessantes na medida em que ultrapassou a barreira mitica do milhao.
Sobre o filme podemos dizer que tem uma base interessante e principalmente e riquissimo na forma como nos da a ligação emocional entre personagens num contexto financeiro de pobreza extrema, a forma como as personagens se sentem bem naquele contexto com as suas diferenças são o aspeto positivo do filme, na forma como nao tem medo de retratar a miseria humana daquela forma tão natural.
O filme perde na parte final, quando apos o climax acaba por perder o rasto a algumas persoangens, preocupando-se mais com o seu passado do que com o seu futuro, diluindo algum do peso simbolico e emocional que o filme vai criando no elo entre as personagens. Por outro lado esta opção acaba por ser a mais realista, e isso encaixa bem num filme cru sobre estes aspetos.
Ou seja um bom filme do mundo, que demonstra que mesmo com dificuldades de verbas produtivas existe sempre a criatividade de transpor para o ecra situações concretas. Nao e claramente uma obra prima do cinema oriental, mas fica-nos na retina a forma como com tão pouco aquelas personagens funcionavam bem em conjunto, mesmo extra sociedade.
A historia fala de uma serie de pessoas que vivem num espaço desocupado todas juntas, e vivem de alguns objetos que subtraem em lojas, até ao ponto em que uma menina junta-se à "familia" e tudo tem que se ajustar a uma nova presença.
Em termos de argumento o filme tem uma base mais realista do que original. O filme é rico na forma como expressa as emoções, acabando por outro lado por ter como principais trunfos a contextualizaçao espacial de cada segmento. Fica a ideia que em termos de conclusão o filme deveria ser bem melhor potenciado.
Na realizaçaõ Koreeda traz-nos o espirito mais recente do cinema origental, trabalhando com grande realismo e acima de tudo um trabalho bem potenciado na exploração emocional. Tem aqui o impacto necessario para começar uma carreira internacional.
No cast temos um conjunto de atores quer jovens quer adultos que encaixam perfeitamente no lado emotivo e realista do filme. Parece-me claro que é um filme de primeira linha, com atores que fruto das suas origens encanxam nos propositos do filme.
O melhor - O realismo do filme.
O pior - A conclusão
Avaliação - B
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