Friday, February 15, 2019

Border

O cinema nordico nos ultimos anos tem ganho alguma expansão, principalmente no que diz respeito a mitologia de seres grotescos em terrenos gelidos. No medio desses filmes mais de terror, no festival de Cannes de 2018 surgiu este pequeno filme, sobre alguns seres particulares inseridos na comunidade a procura da sua real identidade. O filme acabou por ser bem recebido na critica e no festival e que resultou num premio secundario no festival. Em termos comerciais o filme teve bons resultados nos EUA tendo em conta a origem do filme e falta de estrelas, talvez potenciado pela nomeaçao para o oscar de melhor maquilhagem.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme dentro da tradição tipica do cinema de horror nordico, ou seja um filme que gosta de ser cru, e duro nas imagens contrapondo com o ar gelido no seu contexto expacial. neste ponto o filme e fiel aos principios do cinema onde está integrado, sempre potenciado pela excelente caracterização do primeiro ao ultimo minuto do filme.
POr sua vez parece-me que em termos narrativos o filme é claramente mais modesto, a indecisão da personagem entre os valores a seguir até poderia dar espaço a um filme competente, complexo que nos fizesse pensar, mas a verdade e que o filme aposta mais por caracterizar a natureza da especia na forma como as dinamicas das duas personagens centrais se vao cruzando.
Ou seja um filme que se torna algo repetitivo, que nos da mais uma representação de uma imaginario nordico com um espaço cada vez maior no cinema, mas que no final temos um filme que nos dá pouco para alem do horror de algumas cenas e algum lado cru da vivencia animalesca daqueles seres, já que em termos de profundidade dramatica so na sua conclusao o filme consegue tocar neste ponto.
A historia fala de uma mulher com uma estranha capacidade de cheirar o medo, que trabalha num aeroporto e que começa a ficar interessada num estranho passageiro com caracteristicas fisicas iguais a sua, acabando por lhe permitir o acesso a uma parte da sua casa, altura em que percebe que talvez tal individuo esteja longe de ser humano.
No que diz respeito ao argumento, podemos dizer que na base o filme poderia ter objetivos concretos interessantes, mas na definiçao do filme tudo se torna demasiado repetitivo adotando quase sempre um estilo mais descritivo do que emotivo.
Na realizaçao Ali Abbasi tem aqui o seu filme mais conhecido que para cinema europeu ter conseguido nomeaços para os oscares e premios em Cannes nao poderia ser um melhor inicio de carreira. Esperamos agora a definiçao do futuro do realizador se aposta numa carreira europeia ou se entra no mundo de Hollywood.
No cast o filme tem nos dois interpretes principais, papeis dificeis potenciados em muito dos seus aspetos por uma caracterização de primeira linha. Fica mesmo assim a ideia que a intensidade empregue por ambos é um dos principais motores do filme em termos de intensidade das cenas.

O melhor - A maquilhagem

O pior - Demasiado repetitivo e descritivo

Avaliação - C

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