Friday, October 26, 2018

Juliet, Naked

A comedia romantica simples parece nos ultimos tempos ter desaparecido do espectro das produções de hollywood pelo que muitas vezes tem sido o cinema britanico a arriscar com o tradicionalismo de filmes emocionalmente ricos e com a paixao como pano de fundo. Este ano e sob a produção de Judd Apptow surgiu este pequeno filme com inspiração clara britanica que pela sua simplicidade acabou por convencer a critica e também em termos comerciais sendo um filme com objetivos curtos acabou por ir bem mais longe do que inicialmente se poderia prever.
Sobre o filme eu confesso que tinha saudades de uma comedia romantica familiar, que fizesse as personagens funcionar tão bem umas com as outras, e com uma humor descontraido pouco intenso mas que funciona não só na quimica como nas personagens e mais que tudo no pequeno lugar que é escolhido pela ação, neste particular o filme é um conjunto de coisas simples que funciona bastante bem em conjunto.
E obvio que como a maior parte das comedias romanticas tradicionais joga bastante com o lado pouco vermosivel da realidade, com situações pouco comuns no dia a dia mas que resultam no lado emocional e descontraido do filme, que não sendo um poço de maturidade acaba por ser um filme nos proporciona bons momentos quer no insolito da obcessão da personagem de Duncan pelo seu idolo, bem como da relação que depois se vai criando entre as personagens.
O unico problema do filme parece o cliche demasiado obvio na caracterização da personagem de ex estrela de rock, aqui o filme poderia ser mais comedido, mais original na abordagem e também na potenciação na relação que parece sempre funcionar mais por termos entrado em empatia com a personagem de Annie do que propriamente pela força que a relação em si consegue captar.
A historia fala de um casal que acaba por se separar por o elemento feminino ter efetuado uma critica negativa a um projeto do idolo do seu namorado. Ai acaba por ser contactada pelo cantor em si com quem cria uma relação de empatia que vai mais longe.
Em termos de argumento o filme tem processos simples dentro daquilo que é comum em comedias romanticas mais tradicionais. As personagens sao construidas para os propositos do filme com uma simplicidade que acaba por dar relevo aos dialogos descontraidos e muitas vezes engraçados.
Na realizaçao o trabalho está a cargo de Jesse Peretz um realizador britanico de comedias sem grande sucesso ate ao momento que aqui tem um trabalho que funciona principalmente na escolha do local central da açao que encaixa perfeitamente no lado mais sentimental e simples que o filme quer ter.
No cast poucas pessoas funcionam tao bem neste registo como Rose Byrne, o seu lado simplista e simpatico funcionam muito bem em comedia romantica, balançando com o lado mais rebelde de um Hawke algo desgastado mas que serve bem para este tipo de contexto. Tambem bastante bem Chris O'Down oriundo da tradicional comedia britanica cujos traços são patentes neste filme.

O melhor - A forma como o filme é simples, tradicional e funcional

O pior - A relação central deveria ser mais trabalhada.

Avaliação - B

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