Oscar Wilde é sem sombra de duvida uma referência para todos os ativistas LGBT, entre os quais se insere Ruppert Everett, o actor britanico assumidamente homossexual assumiu sempre que um filme sobre Oscar Wilde era o projeto da sua vida, assumindo pela primeira vez neste filme diversos papeis na produçao do filme. PEse embora a expetativa em ver o resultado desta obra, depois da sua apresençao em Berlim percebeu-se que existia muito trabalho de pesquisa mas que o resultado era apenas moderadamente satisfatório. Em termos comerciais aguardam-se dados mais vincados mas parece claro que a historia está longe de ter alto valor comercial.
Sobre o filme parece claro no filme o fascinio de Everett por Oscar Wilde, principalmente na forma dedicada como explora todos os seus lados e os seus maneirismos na interpretação, mas o filme perde por ter que ser o simbolo de alguem que era um simbolo, então o filme acaba por ser quase um musical com poucos contactos com a vida real, num turbilhão de relações e festas que vão passando ao longo da duração do filme.
Essa pouca objetividade do filme naquilo que quer transitir faz com que principalmente as personagens secundarias e que têm relevância para a historia não existam no filme, que perde grande parte do seu tempo a explorar os desvaneios e a degradação mental e fisica de uma persoangem perdida num contexto social que não o aceita, e ai o filme acaba por ser repetitivo e sem força.
Parece um dos grandes problemas dos filmes de Oscar Wilde, nunca se transmite aquilo que ele foi mas tenta-se sempre dar uma novelização daquilo que ele significa e os filmes acabam sempre por ser demasiado excentricos ou estranhos faltando-lhe sempre a capacidade de entrar realmente no personagem.
A historia fala dos ultimos anos da vida de Wilde, depois de condenado pela homossexualidade e deambular entre cidades à procura de conseguir retomar a vida depois de uma condenaçao que aniquilou a sua aceitação no contexto onde estava inserido.
Em termos de dialogo parece-me que o filme é pouco fluido, que se perde demasiado na linhagem temporal, e perde muito tempo na componente estetica e poetica do autor e pouco na vida real do mesmo, e principalmente das personagens com quem interagia e isso faz o filme ser mais pequeno do que aquilo que podia ser.
Na realizaçao e inquiveco o fascinio de Everett por Wilde, na forma como o realiza, na forma como nos declara a sua obra, uma homenagem a um idolo. A realizaçao tem coração mas a abordagem nem sempre nos parece a mais objetiva e isso faz o filme ser no minimo um pouco estranho.
A construçao de Everett é forte, recheada de maneirismo que pecam por ser demasiado teatrais e em cinema isso ser ligeiramente menos interessante. Um actor que nunca foi de primeira linha que aqui acaba por tentar atraves de si mais força. Os secundarios nunca tem palco para mais.
O melhor - Alguns apontamentos de realização e a construção fisica da personagem
O pior - A forma como o filme perfere o simbolo à pessoa
Avaliação - C-
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